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Covid-19: Pelo menos 10 polícias detidos por tortura no Uganda

Pelo menos 10 polícias do Uganda foram hoje acusados de "tortura agravada" pela agressão sexual de um grupo de mulheres que terá desobedecido ao recolher obrigatório, decretado para mitigar a propagação da pandemia, anunciaram as autoridades.

Covid-19: Pelo menos 10 polícias detidos por tortura no Uganda
Notícias ao Minuto

20:57 - 07/04/20 por Lusa

Mundo Pandemia

De acordo com uma publicação feita pela polícia ugandesa na rede social Twitter, citada pela agência France-Presse, estes 10 elementos das forças de segurança são acusados de "tortura agravada" contra 38 pessoas e vão permanecer em prisão preventiva até 07 de maio.

O incidente ocorreu na última quinta-feira (02 de abril), em Elegu, no norte do Uganda, e dois dias depois de o Governo ter decretado o recolher obrigatório para a população, como medida para impedir a disseminação da pandemia da doença provocada pelo SARS-CoV-2.

Os 10 agentes são acusados de terem tido uma abordagem de cariz sexual para dispersar um grupo de mulheres que estava na via pública, como punição pela alegada desobediência da obrigatoriedade de isolamento.

O porta-voz da polícia ugandesa, Fred Enanga, anunciou na segunda-feira que iria ser aberta uma comissão de inquérito devido às "acusações de tortura agravada de várias mulheres" e também de "alguns homens acusados" de incumprimento do recolher obrigatório decretado.

Fred Enanga admitiu que estes elementos das forças de segurança tiveram uma "abordagem brutal" para com estas mulheres.

De acordo com um comunicado divulgado na última quinta-feira pela Human Rights Watch (HRW), as forças de segurança do Uganda estão a usar "força excessiva", incluindo espancamentos e detenções arbitrárias, para aplicar as medidas de prevenção em relação à covid-19.

O Uganda regista até ao momento 52 casos de contágio pelo novo coronavírus, sem qualquer morte.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O número de mortes devido à covid-19 em África subiu para 487, num universo 10.075 casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia no continente.

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