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Multidão destrói centro na Costa do Marfim por medo de contágio

Dezenas de pessoas destruíram durante a noite um centro de combate à covid-19 que estava a ser instalado num bairro populoso da capital económica da Costa do Marfim, Abidjan, por receios de contágio, disseram hoje as autoridades.

Multidão destrói centro na Costa do Marfim por medo de contágio
Notícias ao Minuto

16:02 - 06/04/20 por Lusa

Mundo Covid-19

A multidão saqueou e queimou, no domingo, as máquinas que estavam a ser usadas na construção do edifício no bairro de Yopougon, que irá servir de centro de testes para detetar infeções pelo novo coronavírus, alegando que o centro ficava muito próximo das habitações.

De acordo com os promotores dos motins, citados pela imprensa local, a proximidade do centro "é sinónimo de morte" para os habitantes deste bairro de Abidjan.

O presidente da câmara de Abidjan, Vicent Toh Bi, reuniu-se hoje com as comunidades para lhes pedir moderação e explicar as vantagens do projeto, assegurando se que não se trata de um centro de tratamento de doentes de covid-19.

"Em que país é que o Governo vem contagiar as populações?", questionou o prefeito, citado pelo portal Abidjan.net.

"Este centro vai permitir-nos detetar os casos de contaminação e fornecer informação às populações sobre a pandemia", acrescentou Toh Bi.

Yopougon é o bairro mais populoso dos 10 que compõem Abidjan, e o centro, permitirá, segundo o autarca, aliviar a pressão sobre os hospitais e aproximar a população do pessoal médico.

As autoridades da Costa do Marfim pretendem igualmente reabilitar outros 23 centros distribuídos pelos vários bairros da cidade.

A Costa do Marfim confirmou o seu primeiro caso do novo coronavírus em 11 de março e atualmente soma 216 infeções, três mortes e 37 pessoas curadas.

O continente africano ultrapassou hoje os 9.200 casos de infeção pelo novo coronavírus, que causou já mais de 410 mortes.

Mais de 800 pessoas recuperaram da doença.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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