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Covid-19. Iranianos enfrentam pena de prisão após lamberem zona sagrada

"Não tenho medo do coronavírus", afirmava um dos homens, antes de beijar e lamber a zona sagrada, em Masumen.

Covid-19. Iranianos enfrentam pena de prisão após lamberem zona sagrada
Notícias ao Minuto

10:55 - 04/03/20 por Silvia Abreu

Mundo Coronavírus

Dois homens iranianos, que desafiaram os conselhos de prevenção face à epidemia de Covid-19, podem enfrentar pena de prisão, depois de terem circulado vídeos dos mesmos a lamber símbolos religiosos dos principais locais de atração religiosa no Irão.

Num dos vídeos partilhados, com mais de um milhão de visualizações no Instagram, um homem é visto junto a Masumen, em Qom, a dizer que não tem medo do coronavírus, antes de lamber os símbolos.

Num outro vídeo em Mashhad - capital espiritual do Irão -, um homem filmou-se a dizer que fazia aquilo "para que a doença" entrasse no seu sistema (imunitário), para que possa ser encarada "sem ansiedade".

O deputado Hasan Nowrozi  disse que "quem praticar atos inconvencionais como estes estão a propagar notícias falsas contra as autoridades no país. Tais pessoas irão enfrentar entre dois meses a dois anos de prisão e até 74 chicotadas".

As detenções surgiram depois de a jornalista e ativista Masih Alinejad ter partilhado os vídeos nas redes sociais.

"Prender estas duas pessoas não é suficiente uma vez que os centros de religião continuam abertos em Qom e outras cidades onde pessoas sofrem de coronavírus", disse à BBC.

Apesar de o Irão ter encerrado escolas e universidades para prevenir a propagação do novo coronavírus, os principais centros religiosos permanecem abertos. As medidas tomadas por esses centros religiosos consistem em desinfetar as zonas frequentemente.

As cidades sagradas de Mashhad e Qom - que recebem milhões de visitantes durante o ano - foram particularmente afetadas pela epidemia, avança o  jornal britânico Independent.

Na terça-feira, as autoridades de saúde iranianas confirmaram que o novo coronavírus fez 92 mortes e 2.922 casos do novo coronavírus no país.

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