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Líderes europeus voltam a sentar-se à mesa após horas de bilaterais

Os líderes da União Europeia (UE) voltam esta tarde a sentar-se à mesa na cimeira extraordinária, que decorre em Bruxelas, sobre o orçamento comunitário plurianual, após horas de encontros separados dos 'frugais' e dos 'Amigos da Coesão'.

Líderes europeus voltam a sentar-se à mesa após horas de bilaterais
Notícias ao Minuto

14:22 - 21/02/20 por Lusa

Mundo UE/Orçamento

"Por volta das 16h00 [15h00 em Lisboa] o Conselho Europeu vai reunir-se novamente em plenário", informou o porta-voz do presidente desta estrutura, Charles Michel, através da rede social Twitter.

A publicação foi feita naquela rede social (a forma utilizada pelo Conselho para dar conta da evolução dos trabalhos) após a divulgação de imagens, também pelo porta-voz, de reuniões de Charles Michel com líderes europeus, nomeadamente com os dois 'pesos pesados' da UE, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron.

Também através do Twitter, foi divulgado o encontro entre o primeiro-ministro português, António Costa, e o chefe de Governo espanhol, Pedro Sánchez, com Charles Michel.

Até ao momento, e desde o início da cimeira extraordinária, há quase 24 horas, os 27 só estiveram sentados à mesma mesa sensivelmente quatro horas.

Iniciado na quinta-feira às 16h30 (menos uma hora em Lisboa), o Conselho Europeu extraordinário foi interrompido cerca de quatro horas depois, após todos os líderes à volta da mesa se pronunciarem sobre a proposta apresentada pelo presidente do Conselho, Charles Michel, que iniciou então uma longa ronda de reuniões bilaterais com os 27 líderes, que se prolongou até às 7h00 locais de hoje. Após uma breve pausa para descanso, estes encontros prosseguem então em diversas salas na sede do Conselho.

Os chefes de Estado e de Governo desconhecem para já as intenções de Charles Michel sobre como prosseguir as negociações, que, de acordo com vários responsáveis, não conheceram qualquer evolução desde o arranque do Conselho e parecem estar num impasse.

De um lado, encontram-se os contribuintes líquidos, designadamente um 'quarteto' formado por Áustria, Dinamarca, Holanda e Suécia - classificados de "forretas" por António Costa durante um debate na passada terça-feira na Assembleia da República -, que consideram excessivo um orçamento global equivalente a 1,047% do Rendimento Nacional Bruto (RNB), tal como consta da proposta do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e querem que sejam privilegiadas "políticas modernas", em detrimento da coesão e agricultura.

Este grupo tem atuado perfeitamente alinhado na cimeira e a falar a uma só voz, a do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, que no curto espaço de tempo em que os 27 estiveram reunidos à mesma mesa desde o início da cimeira, na quinta-feira à tarde, falou mesmo em representação dos quatro Estados-membros, indicaram várias fontes europeias.

Ao mesmo tempo, noutra sala, e por iniciativa do primeiro-ministro António Costa, juntaram-se os 'Amigos da Coesão' - Bulgária, Chipre, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Grécia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia e também Itália -, que continuam a opor-se firmemente a um orçamento que sacrifique a coesão e a Política Agrícola Comum.

O reinício dos trabalhos do Conselho Europeu extraordinário em Bruxelas sobre o orçamento plurianual da UE tem sido sucessivamente adiado, dando lugar a estas reuniões separadas, num cenário de crescente pessimismo quanto às hipóteses de um compromisso.

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