Primeiro-ministro do Lesoto acusado de crime viaja para a África do Sul
O primeiro-ministro do Lesoto, Thomas Thabane, não vai comparecer hoje perante o tribunal que o vai acusar da morte da mulher porque "partiu" para a África do Sul por "motivos médicos", anunciou o secretário pessoal.
© Reuters
Mundo Lesoto
"Ele não vai ao tribunal porque partiu para efetuar exames médicos na África do Sul" disse à France-Presse Thabo Thakalekoala, secretário do chefe do executivo, acrescentando que Thomas Thabane, 80 anos, já se encontra no país vizinho.
"Trata-se de um controlo de rotina. Ele vai com regularidade à África do Sul", disse ainda Thakalekoala.
"Quando os médicos considerarem que está tudo bem, ele vai ser autorizado a regressar", afirmou o secretário.
Thomas Thabane viajou para a África do Sul no mesmo dia em que a polícia do Lesoto anunciava que o chefe do Governo ia ser acusado formalmente da morte da mulher.
Lipolelo Thabane, a mulher do primeiro-ministro, foi assassinada a tiro no dia 16 de junho de 2017, quando entrava numa viatura na capital do reino do Lesoto, Maseru.
O primeiro-ministro e Lipolelo Thabane enfrentavam um processo de divórcio litigioso há vários anos.
Dois meses depois de Lipoelo ter sido assassinada, Thomas Thabane casava-se com Maesaiah Thabane.
A investigação sobre o crime prolongou-se durante dois anos tendo a atual mulher do primeiro-ministro sido acusada de envolvimento no assassínio no princípio do mês.
Maesaiah Thabane foi libertada sob caução.
Na quinta-feira, numa comunicação transmitido pela rádio e televisão públicas do Lesoto, o primeiro-ministro anunciou que vai apresentar a demissão até ao "final do mês de julho", por motivos relacionados com a idade.
O assunto está a agitar politicamente o Lesoto e o partido de Thomas Thabane (ABC) acabou por pressionar o chefe do governo a demitir-se.
O julgamento ameaça destabilizar o pequeno reino montanhoso situado no meio da África do Sul.
A história recente da monarquia constitucional do Lesoto, encabeçada atualmente pelo rei Letsie III, que não tem poderes executivos, está marcada por diversos golpes de Estado desde que conseguiu a independência do Reino Unido, em 1966.
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