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China acusa na ONU Washington e Londres de "total hipocrisia" sobre Síria

A China acusou hoje os Estados Unidos e o Reino Unido de "total hipocrisia" no decurso de uma reunião do Conselho de Segurança sobre a situação humanitária na Síria.

China acusa na ONU Washington e Londres de "total hipocrisia" sobre Síria
Notícias ao Minuto

19:12 - 29/01/20 por Lusa

Mundo Síria

Washington e Londres tinham previamente criticado Moscovo e Pequim por terem reduzido no início de janeiro a ajuda humanitária no decurso da renovação da autorização que permite o envio de ajuda humanitária sem a autorização de Damasco.

Em 10 de janeiro, Moscovo, Pequim, Washington e Londres abstiveram-se durante uma votação sobre esta autorização, aprovada pelos restantes 11 Estados-membros do Conselho de Segurança.

À margem do texto que tinha preparado para a sua intervenção, o embaixador chinês, Zhang Jun, rejeitou vigorosamente as declarações de britânicos e norte-americanos.

"As acusações contra a China e outros países são infundadas, recusamo-las totalmente", disse, ao salientar a "função de mediador" assumida por Pequim no início de janeiro para a aproximação de posições.

No final de dezembro, "os Estados Unidos e o Reino Unido votaram contra uma declaração alternativa", que então foi proposta pela Rússia. "Por que motivo pensam que os outros países deveriam forçosamente apoiar as posições dos Estados Unidos e do Reino Unido?", questionou o embaixador ao olhar fixamente para os seus homólogos.

"Estaremos ainda numa fase de colonialismo?", prosseguiu. "esse período já foi ultrapassado há muito", acrescentou.

"A China não promoveu uma mudança de regime na Síria. Não bombardeámos a Síria, não existe um único soldado chinês na Síria. Não ocupámos nenhum campo petrolífero, não nos apossámos da riqueza da Síria. Assim, o Reino Unido e os Estados Unidos não estão em posição para emitirem acusações contra a China", afirmou o embaixador chinês.

Os Estados Unidos pretendem ser os defensores dos valores humanitários, mas trata-se de uma total hipocrisia", disse. "Sobre a questão da Síria, devemos assumir as nossas responsabilidades, evitar politizar a situação humanitária na Síria".

Zhang Jun também anunciou que a China participará "ativamente no processo de reconstrução na Síria no âmbito das 'Novas rotas da seda'".

"Vamos oferecer à Síria uma ajuda humanitária, ajudaremos na formação de pessoal e na reconstrução e ajudaremos no reforço da capacidade de desenvolvimento independente da Síria", explicou.

O projeto chinês, designado 'Novas rotas da seda', destina-se a ligar a China ao resto do mundo através de um colossal programa de investimentos de centenas de milhares de milhões de dólares com uma importante rede de infraestruturas portuárias, ferroviárias, industriais e aeroportuárias.

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