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Japão: Ministro vai tirar licença de paternidade. Uma decisão com impacto

Com um simples anúncio, Koizumi Shinjiro enviou uma mensagem com peso num país onde os pais são viciados no trabalho.

Japão: Ministro vai tirar licença de paternidade. Uma decisão com impacto
Notícias ao Minuto

08:18 - 16/01/20 por Fábio Nunes

Mundo Japão

A decisão do ministro do Ambiente do Japão é carregada de um grande simbolismo e tem um impacto notório na sociedade e na cultura de trabalho nipónicas. Koizumi Shinjiro, de 38 anos, vai tirar a licença de paternidade, segundo o The New York Times. O anúncio foi feito esta quarta-feira e os efeitos desta decisão já se fazem sentir, pelo menos a julgar pelas reações nas redes sociais.

O ministro revelou que vai afastar-se temporariamente dos seus deveres profissionais para cuidar do seu filho, que deve nascer no final deste mês. No total, Koizumi vai tirar duas semanas de licença de paternidade ao longo de três meses.

“Eu espero que a minha decisão de tirar a licença de paternidade seja um exemplo a seguir na forma de encarar o trabalho, em que qualquer um no Ministério do Ambiente pode tirar uma licença de paternidade sem hesitar”, disse Koizumi Shinjiro durante uma reunião com a sua equipa.

Esta decisão tem impacto porque no Japão os pais raramente tiram a licença de paternidade e os homens crescem numa cultura na qual devem demonstrar total lealdade aos seus empregadores, muitas vezes à custa do tempo que passam com as suas famílias.

A decisão de Koizumi abre um precedente e cria expetativas de mudança no Japão. Nas redes sociais o anúncio foi recebido com elogios, muitos vindos de mulheres. “Significa muito destruir uma desculpa como ‘não é fácil para os homens tirarem a licença de paternidade’”, escreveu uma utilizadora do Twitter.

Koizumi Shinjiro parece estar a seguir as pisadas do seu pai, Koizumi Junichiro, um dos primeiros-ministros mais populares e mais modernos do Japão. Para já em termos de atitudes, mas futuramente, quem sabe, no cargo que ocupa. É que no Japão muitos vêem-no como um possível candidato a primeiro-ministro nos próximos anos.

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