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'Fase Um' do acordo EUA/China foi assinada com promessa de 'Fase Dois'

O Presidente dos EUA, Donald Trump, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, assinaram hoje um acordo parcial, prometendo para 2021 uma segunda fase do tratado, para colocar fim a uma longa guerra comercial.

'Fase Um' do acordo EUA/China foi assinada com promessa de 'Fase Dois'
Notícias ao Minuto

18:26 - 15/01/20 por Lusa

Mundo EUA/China

O acordo reduz as tensões entre os governos norte-americanos e chinês, removendo algumas sanções económicas dos EUA em troca de uma intensificação de compras de produtos agrícolas e energéticos norte-americanos por parte da China.

"Este é um fantástico acordo para os Estados Unidos", disse Trump, na cerimónia de assinatura da "Fase Um" do acordo comercial com a China, hoje realizada em Washington, embora tenha admitido que várias tarifas retaliatórias se manterão, até que haja um acordo para a "Fase Dois".

Nos termos da "Fase Um" do acordo, a China compromete-se a comprar cerca de 200 mil milhões de euros em mercadorias dos EUA, especialmente no setor agrícola e no setor das energias, ficando também obrigada a respeitar procedimentos de transferência forçada de tecnologia e de propriedade intelectual.

"Tivemos quase o acordo completo. Mas esta "Fase Um" é muito melhor. E iniciaremos a "Fase Dois", que deverá estar pronta no próximo ano, que será fantástica", disse o Presidente dos EUA, referindo-se ao processo de novas rondas de negociação com o Governo chinês.

O vice-primeiro-ministro chinês leu uma carta enviada pelo Presidente Xi Jinping, dirigida a Donald Trump, em que reconhecia que este acordo "é bom para os dois países (...) e permite resolver graves divergências".

"Para manter a evolução do crescimento da economia dos dois países, são precisos esforços de ambos os lados", acrescentou o Presidente chinês, na carta lida por Liu He.

"Espero que os Estados Unidos tratem com justiça as empresas chinesas", concluiu Xi Jinping, referindo-se a matérias que ainda estão em discussão no processo negocial, nomeadamente as sanções impostas pelo Governo norte-americano à empresa tecnológica chinesa Huawei.

Trump procurou um tom conciliador, durante a cerimónia na Casa Branca, dizendo que entende a posição de negociação dura por parte da China e mostrou-se recetivo a "tudo fazer para que as divergências que ainda existem sejam superadas", sem culpar diretamente a parte chinesa pelas dificuldades nas rondas de conversas diplomáticas.

"Eu não culpo a China. Culpo as pessoas que aqui (na Casa Branca) estiveram no passado", disse Trump, acusando anteriores governos de nunca terem tentado um acordo comercial com a China.

Em resposta, o vice-primeiro-ministro chinês reconheceu dificuldades de relacionamento comercial, mas acrescentou que não vê "razões para que os dois países não possam trabalhar em conjunto".

Liu He disse concordar com o Presidente Xi Jinping quando este diz que "há mil razões para os dois países se entenderem e nem uma única para que não se entendam", salientando a "missão histórica" de conciliar interesses.

Minutos antes, Trump tinha-se referido ao trajeto histórico de relações comerciais entre os dois países, referindo os prejuízos que os Estados Unidos tinham sofrido.

"Os Estados Unidos perderam milhões de milhões de dólares e as empresas perderam muitos trabalhadores com os negócios com a China", explicou Trump, para salientar a necessidade de um acordo estável.

"Em junho de 2016, no estado da Pensilvânia, eu prometi que protegeria, com todos os meus poderes, a economia dos Estados Unidos", disse Trump, referindo-se ao processo negocial que disse pretender estender para uma "Fase Dois", já no próximo ano, prometendo também uma viagem a Pequim, para iniciar as negociações para essa nova etapa.

"Este é um interessante jogo de xadrez", disse o Presidente, referindo-se às rondas de negociações com a China, reconhecendo a sua dificuldade, mas dizendo estar confiante no seu resultado final.

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