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Jovens dão conferência de imprensa mas Greta Thunberg cede protagonismo

Jovens ativistas de vários países deram hoje em Madrid uma conferência de imprensa para dar voz aos mais afetados pelas alterações climáticas, com a criadora do movimento "Fridays for Future", Greta Thunberg, a ficar calada e ceder o protagonismo.

Jovens dão conferência de imprensa mas Greta Thunberg cede protagonismo
Notícias ao Minuto

15:46 - 09/12/19 por Lusa

Mundo COP25

A conferência de imprensa tinha gerado grande expectativa por ser a primeira intervenção programada de Greta Thunberg no âmbito da cimeira do clima, que decorre desde a semana passada em Madrid.

A jovem sueca referiu-se às experiências dos povos indígenas, "os mais expostos às alterações climáticas" e que têm de estar "em equilíbrio com a natureza", e deu a palavra a outros jovens, que falaram de situações concretas dos seus países e denunciaram situações ligadas a interesses particulares de empresas e governos "que põem em perigo a segurança e estabilidade de milhões de crianças e jovens".

O representante russo reconheceu que até há pouco tempo os jovens não sabiam nada das alterações climáticas, mas que a realidade das ondas de calor, as tempestades e as inundações os fizeram despertar.

"E convidamos aos dirigentes de todos os países a fazer o mesmo e a atuar", disse o jovem, explicando que não é ativista pelo seu próprio futuro, mas sim pelo futuro da humanidade.

A representante do Uganda, visivelmente emocionada, recordou que os Estados pobres, e o seu em concreto, são os mais afetados pelas alterações climáticas, e pediu a todos para que lutem pela "justiça climática", porque "pequenas ações" de alguns países "não é o suficiente".

A ativista chilena referiu-se à sociedade do seu país para aplaudir a mensagem "de tantos milhares de pessoas que marcham pelas ruas em defesa da sua dignidade", e denunciou as grandes corporações e interesses dos governos, "que alteram o clima em benefício" de uma minoria.

Nesta cimeira "temos pouco tempo, mas as soluções são simples", alertou a ativista, exortando à defesa das comunidades indígenas, mais vulneráveis às alterações climáticas. A sabedoria ancestral desses povos, e os novos paradigmas sobre como se pode viver no planeta respeitando a natureza, devem ser escutadas, alertou.

O espanhol Alejandro Martínez insistiu que "a justiça climática se defende escutando vocês que são dos que mais sofrem" e sublinhou que esta é a primeira conferência da ONU sobre o clima (COP), na qual participa o movimento Fridays for Future. (Criado pela jovem sueca, que no ano passado começou a fazer greve às aulas todas as sextas feiras, sentando-se em frente do parlamento da Suécia a exigir mais medidas para combater as alterações climáticas. Hoje é seguida por milhões de pessoas).

"Enfrentamos a maior crise que existe, nunca tinha havido uma emergência desta magnitude, mas as anteriores crises não as solucionaram os governos, mas sim as pessoas", afirmou.

É por isso que nesta sexta-feira "voltaremos a sair às ruas do centro de Madrid e à COP25 para exigir mais ambição, porque o objetivo de não superar os 1,5 graus no aumento da temperatura global não é atingido com os compromissos atuais", avisou.

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