"O capitão ucraniano foi acusado de negligência criminal numa via navegável pública", indicou o Ministério Público de Budapeste em comunicado.
Em 29 de maio, o 'Sirène', um barco de excursão que transportava 33 sul-coreanos e dois tripulantes húngaros, afundou-se depois de colidir com um navio de cruzeiro, o 'Viking Sigyn', em Budapeste, capital da Hungria.
Apenas sete das 35 pessoas a bordo sobreviveram ao naufrágio. Os corpos de 27 vítimas foram encontrados ao longo de várias semanas de buscas e uma pessoa continua desaparecida.
Segundo o Ministério Público, o capitão, de 64 anos, do 'Viking Sigyn' foi negligente, apresentou falta de concentração, não manteve uma distância de segurança suficiente e não informou da sua intenção de ultrapassar o pequeno barco de excursão, nem por rádio nem por apito.
"Além disso, o acusado não cumpriu a sua obrigação de prestar assistência" ao navio acidentado, acrescentou o Ministério Público, salientando que o capitão possuía todo o conhecimento necessário.
O capitão do navio 'Viking Sigyn' já tinha participado em dois exercícios de salvamento em abril e maio.
Imagens de videovigilância mostram o 'Viking Sigyn', um navio de 135 metros, a chegar em alta velocidade ao 'Sirène' no momento do acidente.
A acusação propôs que o capitão fosse condenado a nove anos de prisão como parte de um procedimento de confissão de culpa, o que implica que renuncia a um julgamento, refere o comunicado.
Uma proibição de navegar durante nove anos também foi solicitada.
O homem está atualmente sob vigilância eletrónica com a proibição de deixar a Hungria.
Segundo o Código Penal húngaro, o comandante do navio pode ser punível com pena de prisão entre dois e 11 anos.