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Colômbia expulsa 59 venezuelanos acusados de vandalismo durante protestos

As autoridades colombianas expulsaram hoje 59 venezuelanos, acusados de realizarem atividades que afetam "a ordem e a segurança públicas" em Bogotá durante os primeiros dias de manifestações massivas contra o Governo do Presidente Iván Duque.

Colômbia expulsa 59 venezuelanos acusados de vandalismo durante protestos
Notícias ao Minuto

15:52 - 25/11/19 por Lusa

Mundo Conflito

Numa operação realizada pela polícia e pela agência Migração da Colômbia, os detidos foram levados até ao Comando Aéreo de Transporte Militar (CATAM, na sigla em espanhol) de Bogotá, de onde partiram para Inírida, capital do departamento de Guainía.

A partir dessa região, os 59 venezuelanos serão transportados num navio da Marinha para a cidade venezuelana de San Fernando de Atabapo, onde serão entregues às autoridades da Venezuela.

A polícia explicou que as 59 pessoas serão expulsas por "provocarem vandalismo e violência" na capital, Bogotá, durante as manifestações que abalam a Colômbia desde a passada quinta-feira.

Em 16 de novembro, cinco dias antes do início do movimento de contestação, a agência oficial da Colômbia responsável pelas migrações já havia expulsado seis venezuelanos, duas mulheres e quatro homens, pelos mesmos motivos.

Sete outros cidadãos estrangeiros foram expulsos há duas semanas, acusados de estarem no país para se infiltrarem nos protestos.

Segundo o diretor da agência Migração da Colômbia, Christian Kruger Sarmiento, as autoridades não irão permitir que "qualquer cidadão estrangeiro afete a tranquilidade" do país.

"Respeitamos a sua participação nos protestos, estendemos a mão aqueles que, como o povo venezuelano, precisavam. Mas o que não vamos tolerar é que um grupo de desajustados venha afetar a segurança das nossas cidades, provocando surtos de xenofobia", assegurou o diretor daquela agência administrada pelo Governo e responsável pelo controlo migratório do país.

Desiludidos com o chefe de Estado conservador no poder desde agosto de 2018, sindicatos e organizações estudantis, indígenas, ambientais e de oposição têm saído às ruas com uma longa lista de queixas, desde a persistente desigualdade económica à violência contra ativistas sociais, sustentando assim a onda de descontentamento que a América Latina tem vivido nos últimos meses.

Os protestos têm ocorrido de forma pacífica, mas o aparecimento de pessoas encapuzadas levou a confrontos com a polícia em várias cidades, tendo causado a morte de pelo menos três pessoas e dezenas de feridos, incluindo polícias.

Dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) indicam que mais de quatro milhões de venezuelanos deixaram o seu país devido à crise económica, dos quais pelo menos 1,4 milhões fugiram para a Colômbia.

Convocado através das redes sociais, o movimento de contestação sairá hoje de novo às ruas.

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