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COP25 vai marcar "um novo ciclo" na luta contra as alterações climáticas

O Governo espanhol pretende que a cimeira da ONU sobre alterações climáticas que se realiza em Madrid em dezembro marque "um novo ciclo" para se "fazer mais e mais depressa" para contrariar a atual "situação de emergência".

COP25 vai marcar "um novo ciclo" na luta contra as alterações climáticas
Notícias ao Minuto

13:27 - 21/11/19 por Lusa

Mundo Alterações Climáticas

"A COP25 é a primeira cimeira do clima de um novo ciclo", disse hoje a ministra espanhola em exercício para a Transição Ecológica, Teresa Ribera, num colóquio em Madrid sobre o papel de Espanha e da União Europeia na luta contra as alterações climáticas, organizado pela agência Efe.

A 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas vai-se realizar de 2 a 13 de dezembro na capital espanhola, com o lema "Tempo de agir", depois de o Chile ter renunciado à sua organização.

Teresa Ribera agradeceu às Nações Unidas a confiança depositada em Espanha para receber o evento e sublinhou o desafio que envolve organizar em apenas quatro semanas uma cimeira que na maioria dos países é preparada durante dois anos.

"A partir de agora o foco passa a ser a implementação" do que foi acordado anteriormente, realçou a responsável governamental, acrescentando que a atual "situação de emergência climática" precisa de um "aumento da ambição" e fazer "mais e mais depressa".

A COP25 deverá apelar para que todos os países aumentem seus compromissos de redução de emissões de gases com efeito de estufa, no sentido de combater as alterações climáticas.

A cimeira tem por base as decisões do Acordo de Paris, um tratado alcançado na COP21, aprovado em 12 de dezembro de 2015, que rege as medidas de redução de emissão de gases com efeito de estufa a partir de 2020.

O compromisso tem por objetivo a contenção do aquecimento global abaixo de 2ºC, preferencialmente em 1,5ºC, em relação aos valores médias da era anterior à revolução industrial e reforçar a capacidade dos países de responder ao desafio, num contexto de desenvolvimento sustentável.

Teresa Ribera qualificou como um "erro" e uma "desgraça" a decisão dos Estados Unidos de abandonar o Acordo de Paris, mas congratulou-se por esta posição não ter sido seguida por outros países.

Para a ministra da Transição Ecológica de Espanha ninguém pode ficar indiferente à decisão "do protagonista económico do mundo" das últimas décadas de se retirar desse acordo.

Ribera recordou que, para completar a saída deste acordo internacional, a administração norte-americana terá de concluir um processo de retirada que vai até 04 de novembro de 2020, um dia depois da data prevista para a realização das próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Teresa Ribera sublinhou as "incertezas" que ainda existem a esse respeito, visto ser um tema "muito controverso" nos Estados Unidos, onde há, segundo a ministra espanhola, muitos governadores, presidentes de câmara e dirigentes dos dois partidos políticos mais importantes do país que estão contra a decisão tomada pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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