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ONU exorta Birmânia a repatriar Rohingyas em segurança

O Secretário-Geral da ONU pediu hoje à Birmânia que garanta o "repatriamento seguro" das centenas de milhares de muçulmanos rohingya que fugiram da violência do exército birmanês em 2017 e fugiram para Bangladesh.

ONU exorta Birmânia a repatriar Rohingyas em segurança
Notícias ao Minuto

12:56 - 03/11/19 por Lusa

Mundo António Guterres

"Continuo profundamente preocupado com a situação trágica do grande número de refugiados Rohingya", disse António Guterres aos líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), reunida em Banguecoque.

Cabe à Birmânia garantir o repatriamento "seguro", "digno e sustentável" daqueles que desejam regressar, acrescentou, perante a impassividade da chefe do Governo birmanês, Aung San Suu Kyi.

Cerca de 740.000 Rohingyas, praticantes do islamismo, fugiram desde agosto de 2017 dos maus tratos do exército birmanês e das milícias budistas, descritas como "genocídio" pelos investigadores da ONU.

Desde então, apenas algumas centenas de famílias regressaram à Birmânia, vivendo, contudo, a maioria delas em enormes campos improvisados mo Bangladesh.

Estas famílias recusam-se a regressar ao país predominantemente budista sem garantias de segurança e temem, em caso de repatriação, serem enviados para campos para pessoas deslocadas.

Segundo Antonio Guterres, as autoridades birmanesas tomaram medidas positivas, mas ainda há muito a ser feito.

Esta minoria étnica tem, desde há décadas, negada a cidadania e outros direitos cívicos pelo Governo, que os considera estrangeiros e uma ameaça à identidade nacional.

Os Rohingya exigem livre circulação dentro do país e igual acesso aos serviços de educação, emprego e saúde.

Aung San Suu Kyi, Prémio Nobel da Paz de 1991, é amplamente criticada pela comunidade internacional pela sua incapacidade de parar esta crise, tendo a ONU acusado o seu Governo de ter "contribuído para as atrocidades".

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