A gruta de Cueto-Coventosa, onde quatro espeleólogos portugueses estão desaparecidos desde sábado, não é a maior, nem a que tem o maior desnível, nem a mais difícil, mas é uma das grutas onde ocorreram mais resgates em Espanha.
Ao todo, desde que há registo, foram realizados 25 resgates. Apenas um, em 1991, correu mal. Um espeleólogo britânico acabou por morrer ao ficar preso nesta cavidade, que é uma das mais exigente do país vizinho.
Já o último resgate aconteceu em julho deste ano. Três espeleólogas da Catalunha perderam-se nos túneis da gruta, onde permaneceram durante um dia, até chegarem as equipas de socorro.
De acordo com o La Vanguardia, esta gruta, situada no município de Arredondo, na Cantábria, começou a ser explorada em 1958. Tem um desnível de 695 metros e a certo ponto, na sua profundidade máxima, chega aos 815 etros . Estende-se por mais de seis quilómetros na horizontal e tem um famoso poço, chamado Juhué, com 302 metros.
Quem tiver coragem de atravessar o‘Monte Branco da espeleologia’, como é conhecida esta gruta, terá de fazer alguns troços a nado e colocar em prática “todas as técnicas espeleológicas”, revela a Fundação Espeleosocorro Cántabro sobre a Cueto-Coventosa.
Recorde-se que quatro portugueses do Clube de Montanhismo Alto Relevo de Valongo, região do Porto, estão desde sábado perdidos nesta gruta. Ao que tudo indica, os espeleólogos estão bem, estando o resgate dependente do nível da água.
