Negociações entre UE e Reino Unido decorrem mas com "bons progressos"
As negociações entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido continuam a decorrer, mas foram feitos "bons progressos" para alcançar um acordo para o 'Brexit', admitiu hoje o negociador-chefe comunitário, Michel Barnier.
© Getty Images
Mundo Brexit
"Bons progressos e o trabalho continua a decorrer", limitou-se a dizer o principal negociador da UE à chegada ao Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas.
Michel Barnier está neste momento a informar o grupo diretor do PE para o 'Brexit' sobre o estado das negociações entre Bruxelas e Londres, depois de já ter feito o mesmo junto dos embaixadores dos 27, numa reunião repetidamente adiada devido às complexas discussões que estão a decorrer na sede da Comissão Europeia.
Um acordo entre a UE e o Reino Unido pareceu iminente esta tarde, mas, segundo fontes europeias, ainda há detalhes em aberto, nomeadamente a aplicação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) na Irlanda do Norte.
As equipas negociais continuam assim a tentar encontrar um compromisso de última hora antes do Conselho Europeu, agendado para quinta e sexta-feira, para que os chefes de Estado e de Governo dos 27 possam endossar um acordo de modo a que o Reino Unido saia do bloco comunitário em 31 de outubro, a data definida para o 'Brexit'.
Vários sinais de otimismo emanaram hoje do lado europeu, com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, a admitir que "as bases para um acordo" estavam prontas e a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, a declararem que o texto estava a ser concluído e poderia ser apresentado na quinta-feira para ser aprovado pelos líderes.
Também hoje, numa reunião do Governo, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que "há uma oportunidade de conseguir um bom acordo", mas que este ainda não estava concluído, aludindo a "várias questões pendentes".
A UE e o Governo britânico estão em negociações intensas há vários dias para tentar fechar um acordo para o 'Brexit' antes do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, por forma a permitir que os deputados britânicos, que por três vezes rejeitaram o Acordo de Saída firmado em novembro por Bruxelas e pela anterior primeira-ministra, Theresa May, possam votar o novo texto no sábado.
Sábado é, também, o prazo dado por uma lei para o primeiro-ministro, Boris Johnson, escrever uma carta à UE a pedir um adiamento por mais três meses, até 31 de janeiro, se não for alcançado um acordo nem autorizada uma saída sem acordo até 19 de outubro.
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