Nicolás Maduro critica TIAR que diz ser inaplicável ao país

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou hoje a criticar a decisão de um grupo de países de reincorporar a Venezuela no Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) e insistiu que "é inaplicável" no seu país.

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Lusa
30/09/2019 20:43 ‧ 30/09/2019 por Lusa

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Venezuela

 

"O TIAR jamais será aplicado à Venezuela, nunca, jamais. É inaplicável, porque estamos no século XXI de soberania, de paz, de independência, de um mundo multipolar", disse Nicolás Maduro.

Numa conferência de imprensa em Caracas, capital do país, o chefe de Estado frisou que a situação "é uma vergonha".

"Poderão reunir-se para perder tempo, a ruminar veneno, a vomitar ódio (..), mas esse TIAR jamais será aplicado à Venezuela", garantiu.

Nicolás Maduro referiu-se ainda à reunião entre o seu homólogo norte-americano Donald Trump e governantes de vários países da América Latina, que teve lugar em Nova Iorque, na semana passada, em paralelo à última Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Eu chamaria a reunião da vergonha e do nojo. Parecia que Donald Trump era um capo da magia latino-americana e a seu lado estavam as marionetas e cães fraldiqueiros", disse.

Segundo Nicolás Maduro, os participantes na reunião "fracassaram" nos seus objetivos contra a Venezuela.

O Presidente venezuelano referiu-se, também, aos exercícios militares "Soberania e Paz 2019", que decorreram entre 10 e 28 de setembro em várias regiões do país, principalmente nos estados fronteiriços com a vizinha Colômbia.

"Não aceitamos nem aceitaremos nenhum grupo militar armado, colombiano, em território venezuelano. É uma ordem que dei às Forças Armadas Bolivarianas", disse.

O Tratado Interamericano de Assistência Recíproca ou Tratado do Rio é um pacto de defesa mútua interamericano assinado em 02 de setembro de 1947 no Rio de Janeiro (Brasil) e que entrou em vigor em 12 de março de 1948.

O Governo venezuelano retirou o país do TIAR em junho de 2012, mas em finais de abril último o parlamento da Venezuela, liderado pelo opositor Juan Guaidó, aprovou iniciar um processo de adesão, decisão que o executivo do Presidente Nicolás Maduro não reconhece

Em 11 de setembro, no decurso de uma reunião da Organização do Estados Americanos, a Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Honduras, Paraguai, República Dominicana, El Salvador e o representante da oposição venezuelana votaram pela ativação do órgão de consulta do TIAR.

Washington explicou ter invocado o TIAR, que prevê uma assistência mútua em caso de ataque militar, em resposta às manobras militares ordenadas ao longo da fronteira com a Colômbia pelo Presidente venezuelano, que acusa este país vizinho de procurar "desencadear um conflito".

A semana passada, o Uruguai anunciou que vai iniciar o processo para sair oficialmente do TIAR, por abrir a possibilidade de uma intervenção armada na Venezuela.

 

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