O ACNUR refere que o aumento da violência nesta parte da Nigéria não parece estar associado aos ataques do grupo 'jihadista' Boko Haram, cuja atividade se concentra principalmente no nordeste do país.
"A população procura proteger-se de ataques indiscriminados de grupos armados que afetam homens, mulheres e crianças", disse o ACNUR num comunicado hoje divulgado.
Babar Baloch, porta-voz do ACNUR, indicou, em conferência de imprensa, que a agência das Nações Unidas não tem informações claras sobre os autores destes ataques, mas que o exército nigeriano culpabiliza "bandidos".
Grupos criminosos têm espalhado terror na região, roubando gado e comida, incendiando casas e realizando sequestros com pedidos de resgate, de acordo com a agência France-Presse.
As comunidades rurais na região formaram grupos de autodefesa para dar uma resposta à falta de membros das forças de segurança, mas estas milícias são acusadas de execuções extrajudiciais de alegados criminosos, procedimentos que levam a uma escalada da violência nestas zonas.
A ONU refere que apenas no dia 11 de setembro, cerca de 2.500 pessoas atravessaram a fronteira nigeriana para o Níger, depois de um ataque contra civis.
As Nações Unidas acreditam que o fluxo de refugiados na região irá continuar.