O acordo foi assinado hoje em Nova Iorque, na véspera do arranque da Cimeira da Ação Climática, convocada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e prevê que a Noruega pague, numa década, 150 milhões de dólares ao Gabão para que limite as emissões de CO2. Contas feitas, serão pagos 10 dólares por cada tonelada de carbono que o Gabão não emitir.
"A Noruega comprometeu-se a recompensar-nos pelas reduções de emissões [de CO2]. Eles vão pagar-nos porque não desflorestamos e porque gerimos melhor a exploração florestal", afirmou à agência France Presse o ministro da Floresta do Gabão, o biólogo Lee White.
As florestas da Amazónia, África Equatorial e Indonésia são consideradas os grandes sumidouros de CO2 do planeta, ou seja, as árvores e a vegetação nestes locais absorverm grandes quantidades de carbono, que de outro modo seria libertado na atmosfera, intensificando o efeito de estufa e as alterações climáticas.
No Gabão, 80% das emissões de CO2 dizem respeito à extração de madeira para dar lugar a estradas e caminhos.
Para aquele ministro do Gabão, os 150 milhões de dólares previstos no contrato com a Noruega têm um importância política e simbólica maior do que o valor em si.
"Para mim não é importante o montante, mas o princípio", afirmou Lee White.