Caças russos não tinham plano de voo e um deles fez manobra perigosa
A NATO disse hoje que os dois caças russos detetados pelos radares na terça-feira perto do espaço aéreo dos países bálticos voavam sem um plano de voo, avançando ainda que um dos aparelhos fez uma manobra perigosa.
© Reuters
Mundo NATO
"Um avião Tu-214 russo, escoltado por dois aviões de combate Su-27 russos, foi detetado sobre o mar Báltico, perto do espaço aéreo de policiamento da NATO, ao início da tarde, hora local, de 13 de agosto", explicou, num comunicado, a porta-voz da Aliança Atlântica, Oana Lungescu.
A porta-voz confirmou que o Tu-214 "tinha um plano de voo válido", mas "os Su-27 que escoltavam o aparelho voavam sem um plano de voo, com os transmissores de posições desligados e não comunicaram com o controlo de tráfego aéreo".
Dois caças da missão de patrulhamento aéreo da NATO no Báltico foram enviados para identificar visualmente o aparelho, "como é rotina", prosseguiu Oana Lungescu.
"Controlaram os aviões a uma distância segura, mas um dos caças russos desencadeou uma manobra não segura, colocando-se na trajetória de um dos caças da NATO", precisou a porta-voz.
Os dois caças russos escoltavam um aparelho civil que transportava o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, segundo Moscovo.
Na terça-feira foi divulgado, também via Moscovo, que os caças russos tinham intercetado um aparelho das forças aliadas da NATO, um F-18, que tinha tentado aproximar-se.
O Ministério da Defesa russo avançou que os aparelhos em questão sobrevoavam águas neutrais.
A NATO reiterou hoje não ter "informação oficial sobre quem estava a bordo do Tu-214".
Um vídeo divulgado pelo canal do Ministério da Defesa russo mostra um aparelho F-18, que aparentemente pertence, segundo as agências internacionais, à força aérea espanhola.
Atualmente, Espanha participa na missão de policiamento aéreo no Báltico com aviões F-18, juntamente com a Hungria e o Reino Unido.
A missão de patrulhamento aéreo da Aliança Atlântica é uma tarefa coletiva e defensiva que envolve uma presença permanente de caças que devem gerir e reagir a qualquer violação do espaço aéreo aliado.
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