"Os EUA aprenderam muito com a explosão de um míssil defeituoso na Rússia", escreveu Donald Trump na rede social Twitter, mencionando o míssil 'Skyfall' e acrescentando: "Nós temos uma tecnologia similar, mas mais avançada".
Mas, pouco depois, o perito norte-americano Joe Cirincione, também no Twitter, escreveu: "Isto é bizarro. Nós [EUA] não temos um programa de míssil de cruzeiro de propulsão nuclear".
Cirincione, que preside à Fundação Ploughshares Fund, que defende uma desnuclearização global, adiantou: "Procurámos desenvolver um, nos anos 1960, mas [o projeto] era demasiado delirante, demasiado inexequível, demasiado cruel mesmo para os anos de loucura nuclear da Guerra Fria".
Segundo os peritos norte-americanos, o acidente da semana passada está provavelmente ligado aos testes do míssil de cruzeiro de propulsão nuclear que a Federação Russa designa por 9M730 'Bourevestnik', uma das novas armas "invencíveis" proclamadas pelo Presidente russo, Vladimir Putin, no início do ano.
A NATO deu a este míssil russo o nome de 'SSC-X-9 Skyfall'.
Quatro dias depois da explosão, que provocou pelo menos cinco mortos, as autoridades russas admitiram na segunda-feira que o acidente esteve ligado aos testes de novo armamento, mas prometeram levá-los "até ao fim".
A base onde ocorreu o acidente, aberta em 1954 e especializada em ensaios de mísseis da frota russa, designadamente mísseis balísticos, está situada perto de Nionoska, no Grande Norte russo.