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Autora de vídeo de tiroteio em El Paso. "Ofereceram-me muito dinheiro"

Mulher de 58 anos escondeu-se debaixo de uma mesa, onde filmou um vídeo que se tornou viral. Tanto ela como a mãe sobreviveram ao ataque em El Paso, no Texas, onde morreram 22 pessoas.

Autora de vídeo de tiroteio em El Paso. "Ofereceram-me muito dinheiro"
Notícias ao Minuto

13:50 - 11/08/19 por Notícias Ao Minuto

Mundo Tiroteio no Texas

Sylvia Saucedo decidiu ir com a mãe ao supermercado Walmart, no dia 3 de agosto, o mesmo dia em que Patrick Crusius matou 22 pessoas que estavam às compras. Antes de entrar no supermercado, porém, Sylvia passou com a progenitora, de idade avançada, no McDonald's que está ao lado. Foi lá que gravou o vídeo do tiroteio que se tornou viral.

Pouco depois de se sentarem para comer, Sylvia, de 58 anos, reparou que havia muita gente a correr para dentro das lojas, mas pensou que fosse alguma promoção. Até que um empregado do restaurante de fast-food gritou: "Atirem-se para o chão, é um tiroteio".

Sylvia puxou a mãe para debaixo da mesa, onde já estava um homem, e ligou para o serviço de emergência (911) duas vezes, mas não obteve resposta. Enquanto ouvia os disparos, lembrou-se de ligar a câmara de vídeo do telemóvel e filmou três vídeos. Divulgou apenas um deles, onde não se vêem mortos, uma hora depois do tiroteio, e foi visto por quase dois milhões de pessoas, só no Facebook.

Este sábado, a sua história foi contada pela revista New Yorker, que se debruçou sobre "o trauma, o medo e a confusão de quem faz um vídeo viral de um massacre". "Eu acreditava que não íamos morrer. Mas pensei que ele nos podia balear também. Foi muito confuso, vários sentimentos ao mesmo tempo. Queria que as pessoas vissem o que estávamos a passar, que vissem que não é certo. Talvez ver os meus últimos momentos, também, assegurar-me de que o meu filho via", indicou, falando sobre a decisão de filmar num momento de terror.

Os primeiros a contactá-la foram jornalistas de uma televisão local, de El Paso. Passaram o vídeo em direto e depois deram-no ao programa 'Good Morning America', de transmissão nacional. Sem permissão, segundo indicou.

Depois, as entrevistas sucederam-se em catadupa, sendo contactada pela CNN, ABC e outros meios. Recebeu chamadas de jornalistas e produtores de conteúdos da Sérvia, do Reino Unido, México e Colômbia. Alguns, indica, ofereceram "muito dinheiro" pelos direitos do vídeo, que ela recusou.

Dias depois, ofereceu-se para fornecer os vídeos à polícia federal norte-americana (FBI) e eles investigaram todo o telemóvel.

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