Partidos árabes israelitas formalizam aliança para mais votos em setembro
Os quatro partidos políticos árabes israelitas formalizaram hoje uma aliança antes das eleições legislativas de setembro, esperando aumentar a participação entre a minoria que representa um quinto da população de Israel.
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Mundo Israel
O partido nacionalista palestiniano Balad anunciou na noite de domingo que se juntaria à Lista Conjunta de Partidos Árabes, meses depois de lutas internas terem fragmentado a aliança política.
Ayman Odeh, líder do partido Hadash, disse hoje que agora que os partidos árabes se reuniram, podem dar resposta ao "grande desafio" que a minoria árabe israelita enfrenta.
A população árabe israelita é formada sobretudo pelos palestinianos e seus descendentes que ficaram em Israel após a criação do Estado hebreu em 1948. Identificam-se em geral com os palestinianos e há muito que se queixam de serem discriminados.
Sondagens divulgadas a semana passada indicam que a Lista Conjunta se pode tornar o terceiro maior partido no Knesset, o parlamento israelita, após as eleições de 17 de setembro.
As quatro formações uniram-se pela primeira vez em 2015, conquistando 13 lugares entre os 120 do parlamento. Mas lutas políticas dividiram-nas em dois lados, que apenas conseguiram um total de 10 lugares nas legislativas de abril. A participação dos árabes foi de cerca de 49% quando nas eleições de 2015 tinha sido de 64%.
Israel vai realizar novas legislativas no espaço em menos de seis meses depois do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, não ter conseguido formar uma coligação governamental maioritária com os resultados da primeira votação.
A aliança dos partidos árabes acontece a alguns dias de terminar o prazo para as formações poderem apresentar os seus "arranjos" para as eleições.
Na semana passada, o antigo primeiro-ministro Ehud Barak e o partido de esquerda Meretz anunciaram a formação de uma aliança para constituir a União Democrática, cujo objetivo é afastar Netanyahu, que no início do mês se tornou o chefe do governo israelita há mais tempo em funções.
A antiga ministra da Justiça Ayelet Shaked, que assumiu a liderança do seu partido Nova Direita a semana passada, está a negociar uma aliança com vários partidos nacionalistas religiosos. O Nova Direita não conseguiu votos suficientes para entrar no parlamento nas eleições de abril.
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