Pais de Julen dizem estar a receber ameaças de dono do terreno
O Ministério Público espanhol acusou dono do terreno de homicídio por negligência, facto que terá agravado alguma tensão com a família de Julen Roselló.
© Reuters
Mundo Julen Roselló
Os pais de Julen Roselló, o menino de dois anos que morreu após cair num poço em Málaga, em janeiro deste ano, dizem estar a ser ameaçados pelo dono do terreno onde a criança perdeu a vida.
As alegações foram feitas primeiro pela mãe do menino, Vitoria Roselló, num programa de televisão espanhol, onde afirmou ter sido insultada por David Serrano quando visitava a campa do filho, no cemitério, mantendo-a num constante estado de alerta e temor. “Quando vou ao cemitério tenho medo, porque cada vez que me vê insulta-me”, diz a espanhola, citada pelo El Español.
O pai de Julen, José, confirmou a versão da companheira, numa outra entrevista. “Já vi várias vezes a minha mulher a chorar porque encontrou algum familiar [de David Serrano] que a insultou. Não posso dizer que seja mentira”, indicou.
David Serrano, dono do terreno onde estava o poço em que caiu Julen, em Totalán, refuta estas acusações. “Eu lamento muito o que estão a passar. Sei que é uma situação dificil, sobretudo para eles. Mas daí a que eu tenha insultado alguém… quem me conhece sabe que é mentira. Ninguém tem que ter medo de mim”, afirmou, citado pelo mesmo órgão.
Recorde-se que o Ministério Público espanhol acusou David Serrano de homicídio por negligência, facto que é apontado como a razão do aumento de alguma tensão com a família da criança. A defesa do acusado recorreu, alegando que o proprietário tinha alertado os pais para a existência de vários poços de prospeção de água abertos naquele terreno.
Os pais de Julen afirmam ainda que o homem passa várias vezes na rua onde vivem e que, ao fazê-lo, acelera o carro a fundo e aumenta o volume da música, algo que entendem como uma ameaça.
Julen, recorde-se, foi resgatado sem vida depois de 13 dias de operações em torno do poço de água onde caiu, num terreno em Totalán, Málaga. Os especialistas forenses indicaram que a morte da criança aconteceu às 13h50 do dia 13 de janeiro, "poucos minutos" depois de ter caído no poço.
Esta informação fez cair por terra a defesa do único acusado pela morte da criança, o dono do terreno. A defesa de David Serrano, com recurso a um relatório técnico apresentado no Tribunal de Instrução n.º 9 de Málaga, alegava que a máquina usada para medir a profundidade do poço poderia ter sido a responsável pela morte da criança.
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