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Acusada de homicídio involuntário após perder bebé ao ser baleada

Marshae Jones, que sofreu um aborto depois de ter sido baleada, foi acusada de homicídio involuntário, mas as acusações contra a atiradora foram dispensadas.

Acusada de homicídio involuntário após perder bebé ao ser baleada
Notícias ao Minuto

10:05 - 28/06/19 por Notícias Ao Minuto

Mundo EUA

Uma mulher de 27 anos, do Estado norte-americano do Alabama, foi indiciada por homicídio involuntário depois de ter perdido o bebé de que estava grávida após ser baleada durante um tiroteio. Isto, apesar de não ser a atiradora.

Marshae Jones foi detida na quarta-feira passada por ter iniciado uma altercação, em dezembro passado, que levou a que outra mulher disparasse sobre a sua barriga.

O caso remonta a 4 de dezembro de 2018 quando, Marshae estava grávida de cinco meses e se envolveu numa luta com Ebony Jemison, de 23 anos, no exterior de uma loja de conveniência. Segundo a polícia a discussão começou sobre o pai da criança e terminou com Ebony a disparar sobre Marshae, o que resultou num aborto.

A outra mulher ainda enfrentou acusações de homicídio, mas foram dispensadas em tribunal por um grande júri. 

As autoridades referem que como foi, alegadamente, Marshae a iniciar a discussão e a pôr em risco a vida do bebé, ia ser alvo das mesmas acusações do que Ebony. Os agentes ainda deram conta de que terá sido uma questão de autodefesa.

"A única verdadeira vítima em tudo isto foi este bebé. Foi a mãe da criança que iniciou e continuou a altercação, que resultou na morte do seu filho por nascer", disse, na altura do crime, o tenente Danny Reid, acrescentando que a criança "não teve escolha em ter sido trazida para o meio de uma luta quando estava a contar com a proteção da sua mãe".

Na passada quarta-feira, Marshae foi detida pela polícia por homicídio involuntário, tendo sido libertada na quinta-feira sob uma fiança de 50 mil dólares (cerca de 44 mil dólares).

A própria atiradora, Ebony, em declarações ao site Buzzfeed, referiu que a acusação tinha sido injusta. "Não acho que deva ser acusada de homicídio porque não matou o bebé sozinha. Mas devia ser acusada por negligência infantil ou agressão ou algo do género".

Os grupos pró-escolha estão agora a usar este exemplo como forma de demonstrar que as novas leis restritivas sobre o aborto naquele estado podem afetar outros casos. Marshae vai ser representada legalmente com ajuda do grupo Yellowhammer Fund.

"Hoje, Marshae Jones está a ser acusada de homicídio involuntário por estar grávida e ter sido baleada quanto se envolveu numa altercação com alguém que tinha uma arma. Amanhã poderá ser outra mulher por ter bebido enquanto estava grávida e depois disso outra por não ter recebido os cuidados pré-natais adequados", disse Amanda Reyes, a diretora executiva da organização.

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