Num comunicado, o MPV explica que os detidos têm entre 22 e 46 anos de idade e que as vítimas seriam transportadas para a ilha de Trinidad e Tobago.
"Em 23 de abril último, uma pequena embarcação partiu da localidade de Güiria, no município Valdez do Estado de Sucre, para a ilha de Trinidad, com 35 pessoas a bordo. A embarcação naufragou (...) em Boca de Dragón, zona limítrofe com a mencionada nação caribenha", adianta.
Segundo o MPV, os "familiares das vítimas apresentaram-se no Comando da Guarda Costeira da Armada Militar Bolivariana" para alertar "sobre esta ilegal partida e que os passageiros não tinham chegado ao destino".
"Os militares ativaram um plano de busca no alto-mar. Foram encontrados quatro sobreviventes na ilha de Patos e outros quatro em Boca de Dragón, assim como uma jovem de 16 anos, sem sinais vitais", refere.
Entre os resgatados com vida, segundo o MPV, estavam o comandante do barco Adrián Eduardo Pacheco Gómez (33 anos) e Carlos Enrique Laffont Astudillo (30), que se faziam acompanhar por um grupo de mulheres e adolescentes e que foram depois detidos no Hospital Dr. Andrés Gutiérrez Solís de Güiria.
"Diligências coordenadas pelo MPV permitiram dar com o paradeiro dos outros envolvidos, em hotéis da zona, onde foram capturados em flagrante por agentes da Direção-Geral de Contrainteligência Militar e da Polícia de Sucre, que mantinham retidas outras jovens para levá-las para Trinidad", adianta.
Os nove detidos são acusados dos crimes de tráfico de pessoas e associação para cometer delito.
O comandante é ainda acusado de homicídio intencional com dor adicional, porque era na pequena embarcação que ia a adolescente de 16 anos que morreu afogada.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos manifestou hoje preocupação pelo desaparecimento de venezuelanos em naufrágios nas Caraíbas e instou a Venezuela e Trinidad e Tobago a adotarem medidas relacionadas com as operações de busca e resgate.