Pompeo telefona a Poroshenko e Zelensky antes da segunda volta
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, telefonou ao atual presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e ao seu rival nas eleições presidenciais, Volodymyr Zelensky, para lhes transmitir que Washington trabalhará com qualquer dos vencedores da segunda volta eleitoral.
© Reuters
Mundo Presidenciais
Segundo uma mensagem partilhada pelo representante especial dos Estados Unidos para a Ucrânia, Kurt Volker, através da rede social Twitter, o chefe da diplomacia norte-americana reiterou, a ambos os candidatos, o apoio de Washington à "soberania e integridade territorial" da Ucrânia.
Os Estados Unidos e a União Europeia são aliados da Ucrânia e impuseram sanções à Rússia por anexar, em 2014, a península ucraniana da Crimeia e pelo seu apoio aos separatistas pró-russos do leste do país.
Assim, Pompeo prometeu que a Casa Branca "trabalhará com quem quer que os ucranianos elejam" no domingo na segunda volta das eleições presidenciais, a fim de assegurar o êxito de uma Ucrânia segura, próspera e livre".
Segundo as últimas sondagens, do total de eleitores que deverão participar no escrutínio, 58% apoiam o comediante e empresário Zelensky e 22% Poroshenko, enquanto outros 20% estão indecisos.
Na primeira volta das eleições, que teve lugar a 31 de março, o humorista obteve o dobro dos votos do atual mandatário, com 30,24% face a 15,95%.
Na sexta-feira, o ator de 41 anos, novato na política, mas "showman profissional", e o chefe de Estado, de 53 anos, enfrentaram-se num debate onde Poroshenko jogou à defesa, paroxismo de uma campanha fora do normal num país em conflito às portas da União Europeia.
Sob aplausos e vaias dos milhares de cidadãos que acorreram ao estádio Olimpiysky da capital, Kiev, os candidatos apresentaram as suas ideias num encontro que foi a última oportunidade de Poroshenko para tentar diminuir a vantagem que o separa do humorista e favorito das presidenciais.
Volodymyr Zelensky prometeu "quebrar o sistema" rodeando-se das "pessoas corretas, com outra mentalidade, com uma mentalidade do século XXI".
E atacou Poroshenko: "O problema nem são os corruptos que o rodeiam, e sim que nos tenha roubado durante cinco anos".
Zelensky, cuja campanha foi feita quase exclusivamente nas redes sociais, fez valer os seus 20 anos de experiência de 'stand-up', atirando frases com impacto e apresentando-se como uma "pessoa simples" face ao "presidente mais rico" da história da Ucrânia.
"Não podemos brincar com o país", replicou Poroshenko, que desde o início do debate denunciou a "total incompetência" de seu rival. "Um ator inexperiente não pode entrar em guerra com o agressor russo", afirmou.
Apresentando-se como a única barreira contra Vladimir Putin, o presidente insistiu nos últimos dias sobre os riscos de o país, que enfrenta a pior crise desde a independência em 1991, mergulhar no desconhecido.
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