Líbia: Rússia junta-se a 14 países árabes para solucionar conflito

A Rússia e mais de uma dezena de países árabes aceitaram hoje continuar a desenvolver esforços para contribuir para a resolução do conflito na Líbia, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.

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Lusa
16/04/2019 15:37 ‧ 16/04/2019 por Lusa

Mundo

Serguei Lavrov

"Acordamos continuar a trabalhar no interesse de uma solução líbia", afirmou o chefe da diplomacia russa numa conferência de imprensa no âmbito do quinto fórum de cooperação russo-árabe, em Moscovo.

Lavrov explicou que a Rússia e os 14 ministros dos Negócios Estrangeiros de países árabes que participaram no encontro expressaram o seu apoio ao plano de reconciliação que o representante especial da ONU para a Líbia, Ghassan Salamé promove desde 2017 para chegar a uma solução política sobre a crise no país do norte de África.

"Temos a tarefa comum de ajudar os líbios a superar os desentendimentos atuais e alcançar acordos estáveis que levem à reconciliação nacional", referiu Serguei Lavrov, acrescentando: "Nesse sentido, a Rússia tem estado a trabalhar com todas as forças políticas na Líbia sem exceções.

O diplomata russo defendeu que a situação complicada do Médio Oriente só pode ser superada "através do diálogo".

A Líbia tem sido vítima do caos e da guerra civil, desde que, em 2011, a comunidade internacional contribuiu militarmente para a vitória dos distintos grupos rebeldes sobre a ditadura de Muammar Khadafi (entre 1969 e 2011).

Atualmente, a Líbia tem dois governos em disputa, um reconhecido pela ONU, limitado à capital, Tripoli, e outro sob a tutela do marechal Khalifa Haftar, homem forte do leste líbio que quer ocupar a capital do país.

Haftar ordenou, numa mensagem à comunidade internacional, em 4 de abril, a conquista de Tripoli, onde se encontrava na altura o secretário-geral da ONU, António Guterres, no âmbito de uma visita ao país.

Além da divisão política, o país vive também uma instabilidade provocada pela presença de numerosos grupos 'jihadistas' e pela atividade de contrabando de pessoas, armas e combustível, a base da economia do país.

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