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Na Venezuela nem as campas estão a salvo

Os túmulos no maior cemitério de Caracas têm sido saqueados. Peças de ourivesaria e dentes de ouro são muito procurados pelos saqueadores, mas até os ossos são roubados para serem vendidos para rituais.

Na Venezuela nem as campas estão a salvo
Notícias ao Minuto

10:40 - 07/04/19 por Fábio Nunes

Mundo Caracas

A Venezuela enfrenta uma crise que se agrava dia após dia. A população venezuelana enfrenta apagões, escassez de água e de bens alimentares básicos. Muitas pessoas passam fome e isso tem contribuído para um aumento da violência e do crime. Nem os cemitérios estão a salvo. De acordo com a BBC, as campas do cemitério del Sur, o maior de Caracas, têm sido saqueadas e vandalizadas.

Os saqueadores procuram sobretudo peças de ourivesaria e dentes de ouro nas sepulturas, mas também levam ossos, que são posteriormente vendidos para serem usados em rituais de Santeria, muito comuns na América Latina.

Os entes mais próximos das pessoas enterradas não têm descanso e vão com mais frequência ao cemitério para se certificarem que as campas dos seus familiares e amigos não foram saqueadas ou vandalizadas.

“Venho aqui todas as semanas ou a cada duas semanas. Fico atento. Preocupa-me que chegue aqui um dia e tenham levado o corpo dela”, frisa Eladio Bastida, referindo-se ao corpo da sua mulher. “Esta é uma terra sem lei. Não há respeito por nada aqui”, lamenta.

Nem os túmulos de figuras históricas da Venezuela escapam ao saque e os funcionários do cemitério admitem que não conseguem impedir os roubos.

Apesar da pressão da comunidade internacional, Nicolás Maduro não se mostra disposto a realizar eleições presidenciais antecipadas. Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela, conta com o apoio de mais de 50 países, entre os quais Portugal, Brasil e os Estados Unidos.

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