Justiça da Argélia proibe suspeitos de corrupção de abandonarem o país
A justiça argelina abriu inquéritos sobre casos de corrupção e transferência ilícita de capitais para o estrangeiro e proibiu os visados de saírem da Argélia, anunciou hoje a Procuradoria de Argel, sem indicar nomes.
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O anúncio, feito num comunicado recebido pela agência France Presse, ocorre após a proibição pela aviação civil no domingo dos movimentos de aviões privados nos aeroportos argelinos e da detenção noturna num posto fronteiriço com a Tunísia, por razões não precisadas, do ex-presidente da principal organização patronal argelina, Ali Haddad.
Presidente do Fórum dos Empresários da Argélia (FCE) até à passada quinta-feira, Haddad era considerado próximo da presidência de Abdelaziz Bouteflika, que enfrenta uma contestação inédita há mais de um mês.
O comunicado do Ministério Público não dá quaisquer pormenores sobre a identidade das pessoas suspeitas, o seu número ou os factos suspeitos, indica a AFP.
Os protestos nas ruas da Argélia não são apenas contra o presidente Bouteflika, há 20 anos à frente do país, mas também contra os seus próximos e em geral o sistema no poder.
Os slogans nas grandes manifestações visam regularmente "ladrões" e a "mafia" dos dirigentes acusados de serem corruptos e de desviarem dinheiro do país em seu benefício.
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