"As chegadas irregulares estão agora num valor mais baixo do que antes da crise", salientou o comissário, considerando que esta quebra se deve ao esforço comum europeu, nomeadamente na proteção das fronteiras externas.
Avramopoulos salientou ainda que, passada a crise do fluxo migratório -- que teve o seu pico em 20 de outubro de 2015, dia em que mais de dez mil pessoas atravessaram da Turquia para a Grécia -- a UE tem de dar prioridade às disposições temporárias em matéria de desembarque.
Em sentido oposto à média europeia, a rota do Mediterrâneo ocidental tem visto aumentar o número de migrantes irregulares que chegam a Espanha via Marrocos, propondo-se Bruxelas a aumentar o apoio a este país, nomeadamente no programa de gestão das fronteiras, em matéria de readmissão e facilitação da emissão de vistos.
No ponto de situação sobre as migrações hoje apresentado, a Comissão Europeia destacou a criação, 2016, da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira, que considera um elemento fulcral do apoio que a UE presta aos Estados-membros para proteger as fronteiras externas.
Em setembro de 2018, o executivo comunitário propôs reforçar a Guarda Europeia de Fronteiras e Costeira, dotando-a de um corpo permanente de 10 mil guardas de fronteira, a fim de garantir que os Estados-membros podem contar em qualquer altura com o pleno apoio operacional da UE.
Hoje, Bruxelas reiterou o apelo ao Parlamento Europeu e os Estados-membros para aprovarem esse reforço antes das eleições europeias, entre 23 e 26 de maio.