O advogado do dono do terreno onde morreu Julen, a criança espanhola que caiu num poço de prospeção de água, em Totalán, Málaga, culpa as operações de resgate pela morte do menino, noticia a ABC Sevilla.
A defesa de David Serrano, com recurso a um relatório técnico apresentado no Tribunal de Instrução n.º 9 de Málaga, alega que a máquina usada para medir a profundidade do poço pode ter sido a responsável pela morte da criança, ao ter golpeado o menino.
As conclusões são de um estudo do arquiteto Jesús María Flores Vila, e que pretende demonstrar que Julen não morreu da queda de cerca de 70 metros, mas sim do impacto das ferramentas usadas pelas equipas de resgate durante os trabalhos para eliminar o tampão de terra que se formou sobre a criança
Com base nisto, a Defesa pede que se retomem as diligências da investigação e que se chame o chefe dos bombeiros de Málaga a prestar declarações.
Recorde-se que a autópsia ao pequeno Julen, de dois anos, diz que este sofreu um "traumatismo cranioencefálico grave". A criança terá caído de pé pelo poço alcançando uma profundidade de 71 metros. Ao chegar ao fundo, terão sobre si pedras e outros sedimentos que lhe causaram o ferimento na cabeça, refere o documento. O corpo do menino foi encontrado com os braços para cima.
O responsável da Proteção Civil já reagiu às alegações, referindo que se fosse ele "nunca levantaria esta hipótese de forma tão alegre".