"Ouvi a minha família despedir-se de mim quando estava em coma"

Depois de passar mais de dois meses no hospital, Naomi regressou a casa, mas com muitas mazelas deixadas pela meningite.

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Patrícia Martins Carvalho
23/02/2019 12:36 ‧ 23/02/2019 por Patrícia Martins Carvalho

Mundo

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Naomi Bailie, de 33 anos, estava habituada a sofrer de enxaquecas e, por isso, não deu muita importância quando, numa noite de dezembro de 2016, se foi deitar com uma dor de cabeça que a incomodava.

A mulher, que mora em Portaferry no condado de Down, na Irlanda do Norte, acordou no dia seguinte a sentir-se ainda pior e logo percebeu que não se tratava apenas de uma enxaqueca, até porque o seu pescoço estava inchado.

Mãe de uma menina que tinha então dois anos, Naomi ligou ao marido Gerard para que regrasse a casa do trabalho o mais depressa possível, pois tinha que ser levada para o hospital.

Em declarações ao jornal The Sun, a mulher recorda que quando o marido chegou ela já estava deitada no chão a dizer um conjunto de frases incoerentes.

“Fui levada para o hospital por um amigo e pelo caminho tentei tirar a roupa. Estava completamente delirante”, contou a irlandesa.

Assim que chegou ao hospital, os médicos medicaram-na de imediato com antibióticos, mesmo antes de realizarem os necessários exames para diagnosticar a doença, mas Naomi garante que foi o que lhe salvou a vida. Caso tivessem esperado para ter a certeza de qual era o problema de saúde da mulher, certamente teria morrido.

“Fui levada para o bloco operatório de emergência para uma cirurgia ao cérebro para aliviar alguma da pressão causada pelo fluído no meu cérebro”, contou Naomi revelando que a meningite lhe provocou uma “fuga do líquido cerebroespinal”.

Feito o diagnóstico, a mulher foi transferida de imediato para o Hospital Royal Victoria em Belfast onde foi colocada em coma induzido para que o corpo pudesse restabelecer-se e lutar contra a bactéria.

“Fiquei inconsciente durante uma semana, até que um dia o meu cérebro acordou, mas o meu corpo não. Foi então que ouvi um padre dar-me a extrema-unção. A minha família estava a despedir-se de mim”, recorda emocionada.

Felizmente, tudo acabou bem. Apesar de ter passado uma semana neste estado, Naomi acordou totalmente a tempo de ver a filha Niadh no dia de Natal.

“Depois explicaram-me que o meu estado de saúde era tão grave que os médicos aconselharam a minha família a preparar-se para o pior”, afirma.

Atualmente, Naomi está recuperada, mas não a 100%: sofre de perda de memória recente, descobriu que tem um tumor benigno no cérebro e começou a sofrer de ataques de epilepsia, não estando ainda apta a trabalhar.

Apesar de lamentar tudo o que a meningite lhe “roubou”, inclusivamente o desejo de ter outro filho, bem como a sua independência, Naomi diz-se “sortuda por ter sobrevivido” e aconselha todas as pessoas a vacinarem-se e a vacinarem os filhos contra esta bactéria.

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