Às 8h30 (5h00 em Lisboa), os moradores da capital, Teerão, começaram a convergir para a praça Azadi (Liberdade), onde Rohani se dirigiu à multidão no final da manhã, sob uma chuva torrencial que pareceu ser uma bênção num país tão árido.
"A presença das pessoas hoje nas ruas de toda a República Islâmica do Irão (...) significa que o inimigo nunca atingirá os seus objetivos demoníacos", disse Rohani, denunciando um "complô" dos Estados Unidos, dos judeus e dos Estados "reacionários" do Médio Oriente contra o seu país.
Ao longo da manhã de hoje, o número de cidadãos de todas as idades não parou de aumentar nas ruas e na praça Azadi, onde havia barracas com chá e bolos, segundo constataram os jornalistas da agência de notícias AFP.
Hoje é feriado no Irão, data em que se comemora a queda do regime do xá Mohammad Reza Pahlavi, a 11 de fevereiro de 1979, dez dias depois o retorno do exílio do aiatola Rouhollah Khomeini, "pai fundador" da República Islâmica do Irão.
Duas réplicas de mísseis balísticos fabricadas localmente estavam em exibição e, um pouco mais adiante, modelos em larga escala de mísseis de cruzeiro eram apresentados ao público.
Além da bandeira nacional, as pessoas exibiam cartazes com os dizeres: "Morte à América", "Abaixo a Inglaterra", "Morte a Israel", "Vamos pisotear os Estados Unidos", "40 anos de desafios, 40 anos de derrotas para os Estados Unidos", e "Israel não vai viver mais 25 anos".