O primeiro-ministro belga, o liberal Charles Michel, anunciou, na terça-feira, a sua demissão, no parlamento, depois de ter sido ignorado o seu apelo para que ministros nacionalistas flamengos renunciassem aos pedidos de demissão que apresentaram.
Os ministros do maior partido da coligação demitiram-se em oposição ao apoio de Michel ao pacto global das Nações Unidas para as migrações, adotado no passado dia 10 na cidade marroquina de Marraquexe.
O rei Philippe não aceitou de imediato a demissão de Charles Michel, deixando em suspenso a sua decisão e optando por ouvir os partidos belgas.
"O primeiro-ministro Charles Michel foi recebido em audiência no castelo de Laeken para apresentar a demissão do Governo. O rei mantém a sua decisão em suspenso", informou o Palácio Real em comunicado.
A ideia das consultas aos partidos é procurar um consenso mínimo para a formação de um Executivo que irá governar a Bélgica até as eleições federais previstas para 26 de maio de 2019.