"Muito obrigada à União Europeia, é uma grande honra receber este prémio. Não é só um reconhecimento, é também um empurrão ao meu trabalho a favor da educação", disse Malala, após o anúncio do galardão, citada pela agência de notícias Efe.
O Parlamento Europeu distinguiu hoje com o prémio Sakharov, que atribui anualmente, Malala Yusafzai, a jovem de 16 anos que foi baleada há um ano por talibãs por lutar pelos direitos das raparigas à educação.
A jovem ativista, que visita Nova Iorque para promover o seu livro "Eu sou Malala", declarou à Efe que agora quer continuar a trabalhar no terreno para "dar voz às crianças que não têm voz".
O Prémio Sakharov, que será entregue na sessão plenária de novembro do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, já distinguiu personalidades como o líder sul-africano Nelson Mandela, o líder timorense Xanana Gusmão, o bispo angolano Zacarias Kamuenho, a plataforma ¡Basta Ya! e opositores cubanos como as Damas de Blanco ou Guillermo Fariñas.
Por outro lado, a menos de 24 horas do anúncio do prémio Nobel da Paz, Malala disse sentir-se honrada pelo facto de ter sido nomeada e acrescentou que se lho concederem "será uma grande honra" e ajudá-la-á a continuar a sua campanha pela educação das meninas.
Malala aparece como grande favorita para esse galardão nas apostas e surge com força nos media noruegueses, juntamente com outras personalidades como o médico congolês Denis Mukwege e o bispo mexicano José Raúl Vera López.
Em 2009, começou a publicar, aos 11 anos, um blogue na página web do serviço da BBC em urdu, o idioma nacional do Paquistão, onde denunciava a repressão dos talibãs sobre a sua povoação, no vale do Swat, no norte do país.
A 09 de outubro de 2012, a jovem voltava para casa depois de realizar uns exames quando o veículo em que viajava com mais 15 meninas foi abordado por dois homens armados que perguntaram quem era a Malala e, depois de a identificarem, dispararam sobre ela.