China confirma detenção de segundo canadiano em plena tensão com Otava

O Governo chinês confirmou hoje que os cidadãos canadianos Michael Kovrig e Michael Spavor estão detidos e a ser investigados por alegado envolvimento em "atividades que põem em perigo" a segurança nacional.

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Lusa
13/12/2018 09:37 ‧ 13/12/2018 por Lusa

Mundo

Segurança

"Estas duas pessoas são suspeitas de levar a cabo atividades que prejudicam a segurança nacional da China", afirmou hoje o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Lu Kang, em conferência de imprensa.

Lu afirmou que as autoridades tomaram medidas de acordo com as leis e regulamentos chineses.

Segundo o porta-voz, Kovrig foi detido na segunda-feira, pelo Gabinete de Segurança Nacional de Pequim, enquanto Spavor está sob custódia do Gabinete de Segurança Nacional da cidade de Dandong, na província de Liaoning, noroeste do país.

"Os dois casos estão sob investigação", afirmou Lu, revelando que as autoridades notificaram a embaixada do Canadá sobre os detidos, cujos "direitos legítimos e interesses estão a ser salvaguardados".

O porta-voz recusou oferecer mais detalhes sobre o paradeiro dos canadianos, justificando-se com o acordo consular assinado entre os dois países.

O Governo do Canadá tinha já manifestado a sua preocupação com o desaparecimento de Spavor, o diretor do Paektu Cultural Exchange, e um dos poucos ocidentais que já se encontrou com o líder norte-coreano Kim Jong-un.

O empresário organiza viagens turísticas e eventos desportivos na Coreia do Norte.

A confirmação sobre a sua detenção surge depois de, na quarta-feira, Lu Kang ter confirmado a detenção de Michael Kovrig, antigo diplomata do Canadá.

Lu assegurou que a organização para a qual trabalha, a unidade de investigação International Crisis Group (ICG), "não está registada na China".

As detenções ocorrem depois de as autoridades chinesas terem ameaçado Otava com "graves consequências" caso a diretora executiva da Huawei, Meng Wanzhou, não fosse libertada imediatamente.

As autoridades dos EUA pediram ao Canadá que detivesse Meng, por suspeita de que a Huawei tenha exportado produtos de origem norte-americana para o Irão e outros países visados pelas sanções de Washington, violando as suas leis.

Uma lei federal norte-americana proíbe responsáveis governamentais e militares de utilizarem aparelhos fabricados pela Huawei e as suas alegadas ligações ao Partido Comunista chinês são frequentemente salientadas.

As autoridades norte-americanas têm 60 dias após a detenção para apresentar ao Canadá um pedido formal de extradição. Caso não o façam Meng será colocada em liberdade.

 

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