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Venezuela: Putin condena qualquer tentativa de mudar situação pela força

O Presidente russo, Vladimir Putin, condenou hoje qualquer tentativa de mudar a situação na Venezuela pela força e manifestou apoio ao seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, em visita a Moscovo para discutir a ajuda financeira russa a Caracas.

Venezuela: Putin condena qualquer tentativa de mudar situação pela força
Notícias ao Minuto

15:55 - 05/12/18 por Lusa

Mundo Crise

"Condenamos qualquer ação que tenha uma clara natureza terrorista, qualquer tentativa de mudar a situação com ajuda da força", disse Putin no início do encontro com Maduro, na residência oficial em Novo-Ogarevo, perto de Moscovo.

Admitindo que "a situação na Venezuela continua a ser difícil", Putin disse que Moscovo apoia os esforços de Maduro para "alcançar o entendimento na sociedade... e a normalização das relações com a oposição".

"Apoiamos os seus esforços para alcançar a paz social e todas as suas ações destinadas a harmonizar as relações com a oposição", disse Putin.

Nicolás Maduro, cujo país é atingido por uma grave crise económica e sanções dos Estados Unidos, tem vindo a procurar o apoio dos seus aliados a pouco mais de um mês do início do seu segundo mandato.

Reeleito em maio passado, em eleições cujos resultados não são reconhecidos por grande parte da comunidade internacional, Maduro deve iniciar um segundo mandato a 10 de janeiro.

O herdeiro do ex-Presidente venezuelano Hugo Chávez -- que morreu em 2013 -, enfrenta forte pressão dos Estados Unidos, que o qualifica como um "ditador".

"Estou convencido de que este encontro trará boas notícias para a cooperação entre nossos dois países", disse Maduro, dirigindo-se a Vladimir Putin.

As conversações entre os dois líderes "vão concentrar-se na ajuda que é necessária às autoridades venezuelanas", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

No entanto, Peskov recusou-se a dar mais pormenores, incluindo o quanto a Rússia poderia emprestar ao seu aliado sul-americano.

Segundo o porta-voz, a situação económica do país sul-americano "continua complicada" mesmo que "haja sinais de melhora".

Maduro anunciou, na segunda-feira, que iria a Moscovo para "uma visita de trabalho necessária", que permitirá "terminar o ano de 2018 brilhantemente no que diz respeito às relações estratégicas que a Venezuela está a construir com o mundo".

A situação económica da Venezuela, que enfrenta este ano uma inflação de 1.350.000% segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), é muito complicada, apesar das suas reservas de petróleo.

A Rússia - segundo maior credor de Caracas depois da China - já havia dado à Venezuela um impulso financeiro, reestruturando uma parte das dívidas do país em novembro passado.

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