MNE da Eslováquia demite-se após rejeição do pacto global da ONU

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Eslováquia apresentou hoje a demissão depois do parlamento eslovaco ter rejeitado a participação daquele país no pacto global para as migrações promovido pela ONU, que será adotado em dezembro em Marrocos.

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Lusa
29/11/2018 19:12 ‧ 29/11/2018 por Lusa

Mundo

Miroslav Lajcak

A decisão de Miroslav Lajcak foi anunciada algumas horas depois do parlamento eslovaco ter rejeitado o documento, com 90 votos a favor da rejeição e 15 votos contra, com a justificação de que o texto não vai ao encontro das políticas migratórias e de segurança da Eslováquia.

O primeiro-ministro eslovaco, Peter Pellegrini, saudou a iniciativa do parlamento.

No domingo passado, após a reunião extraordinária do Conselho Europeu que ficou marcada pela aprovação do acordo do 'Brexit' (processo de saída do Reino Unido da UE), Pellegrini já tinha afirmado que a Eslováquia ia sair do acordo negociado sob os auspícios das Nações Unidas e que pretende trabalhar para uma migração segura, regular e ordenada.

Miroslav Lajcak tinha ameaçado apresentar demissão caso o governo liderado por Peter Pellegrini decidisse renunciar ao documento.

Lajcak, que foi eleito presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas em maio de 2017, acompanhou as negociações para a concretização do Pacto Global para as Migrações.

O Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular (GCM, na sigla em inglês) deu os primeiros passos em setembro de 2016, quando os 193 membros da Assembleia-Geral da ONU adotaram por unanimidade a chamada "Declaração de Nova Iorque".

Em dezembro de 2017, o Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu retirar os Estados Unidos deste pacto da ONU, alegando então que o acordo era "incompatível" com a política da atual administração norte-americana.

Após 18 meses de negociações, o texto do documento foi finalizado e aprovado, em julho último, pelos países-membros da ONU, à exceção dos Estados Unidos.

Desde então o pacto tem dividido opiniões e suscitado fortes críticas de forças nacionalistas em vários países.

A lista de países que estão a retirar ou a adiar o apoio ao documento promovido pelas Nações Unidas tem vindo a crescer de dia para dia.

O acordo internacional, que não tem caráter vinculativo, deverá ser adotado numa cimeira intergovernamental em Marraquexe, Marrocos, agendada para 10 e 11 de dezembro.

O número de migrantes no mundo está atualmente estimado em 258 milhões, o que representa 3,4% da população mundial.

 

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