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Chefe da NATO deseja ultrapassar passado e reforçar parceria com a Sérvia

O secretário-geral da NATO defendeu hoje, durante uma vista à Sérvia, que Belgrado e a aliança atlântica podem ultrapassar o passado e a recordação dos bombardeamentos ocidentais em 1999.

Chefe da NATO deseja ultrapassar passado e reforçar parceria com a Sérvia
Notícias ao Minuto

15:15 - 08/10/18 por Lusa

Mundo Jens Stoltenberg

"Sei que na Sérvia a NATO permanece controversa. As recordações desta campanha aérea permanecem dolorosas para muitos", disse Jens Stoltenberg no final de uma deslocação de três dias à Sérvia.

O balanço dos civis mortos durante as 11 semanas de ataques da NATO, destinadas a forçar o então líder sérvio, Slobodan Milosevic, a retirar as tropas enviadas para o Kosovo, nunca foi estabelecido oficialmente.

Os números situam-se entre os 500 e os 2.500 mortos, segundo a organização Human Rights Watch e os responsáveis sérvios, respetivamente.

"Nunca devemos esquecer o passado. Mas podemos ultrapassá-lo. É o que a NATO e a Sérvia estão em vias de fazer com a sua parceria", disse, num momento em que foram organizados exercícios conjuntos, que envolvem 2.000 operacionais de 40 países.

"Não é um exercício militar. A NATO não é apenas uma aliança militar. É um exercício civil para gerir situações de desastre e salvar vidas", assinalou Jens Stoltenberg.

Uma larga maioria da população sérvia mantém uma forte animosidade contra a NATO, que se acentuou durante a campanha aérea entre finais de março e início de junho de 1999 motivada pela designada "guerra do Kosovo", e quatro anos após a intervenção da Aliança na Bósnia-Herzegovina contra as forças sérvias locais.

No entanto, segundo o Centro para a política de segurança, um centro de reflexão sediado em Belgrado, as forças sérvias participaram em cerca de 150 exercícios conjuntos com a NATO desde 2006.

Nos últimos cinco anos, e segundo a mesma fonte, também se envolveram em uma dezena de exercícios militares com a Rússia.

Jens Stoltenberg assegurou que a NATO "respeita plenamente" o desejo de neutralidade da Sérvia, e a sua recusa em aderir à Aliança.

Por sua vez, o Presidente sérvio Aleksandar Vucic explicou que esta colaboração se situa "ao nível racional", e quando a impopularidade da Aliança entre a população sérvia é explicada "por razões emocionais e psicológicas".

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