As serpentes que viajam de avião para invadir uma ilha
Trata-se de uma espécie mortífera para os animais voadores, mas inofensiva para os homens.
© iStock
Mundo Guam
Pode parecer um enredo de um filme de terror mas, garantimos-lhe, trata-se de uma situação verídica. A história da cobra-arbórea-marrom - (Boiga irregularis) é uma cobra arborícola colubrídea - é tão real quanto aterrorizante. Nos últimos 80 anos, este réptil do leste e norte da Austrália, Papua Nova Guiné e outras ilhas do Pacífico tornou-se numa das espécies invasoras de maior sucesso no mundo.
Tudo começou durante a Segunda Guerra Mundial, quando foram introduzidos por engano na ilha de Guam, a maior e mais a sul das Ilhas Marianas no Oceano Pacífico. O impacto do réptil na ilha foi devastador.
Estas cobras subiam para os porta-aviões das tropas australianas e quando chegavam à ilha levavam à extinção várias espécies de aves nativas. Atualmente, "restam apenas três na ilha", diz Bryan Fry, pesquisador da Universidade de Queensland e co-autor do trabalho publicado no Journal of Molecular Evolution.
Ora, um grupo de cientístas analisou o veneno do réptil e concluiu que a toxina é especialmente venenosa para aves, mas não é nociva para os humanos. O veneno da cobra é 100 vezes mais tóxico para as aves do que para os mamíferos", afirmou Bryan Fry.
Na atualidade, o Governo continua a enviar aviões militares de Guam para o Havai e "as serpentes continuam a apanhar boleia", refere o investigador. "Estes répteis são intercetados regularmente nos aeroportos havaianos. Portanto, se for permitido que esses voos diretos continuem, é só uma questão de tempo antes de elas chegarem ao Havai e para aniquilarem os pássaros, como fizeram em Guam", lamenta.
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