China anuncia medidas para castigar quem propaga "rumores políticos"

O Partido Comunista da China vai castigar quem propagar "rumores políticos" e punir de forma "mais dura" os funcionários negligentes nas suas funções, segundo um conjunto novo de normas, informou hoje a agência noticiosa oficial Xinhua.

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Lusa
28/08/2018 09:13 ‧ 28/08/2018 por Lusa

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Segundo a agência, que cita um comunicado do comité central do PCC, o partido está determinado a autogovernar-se com "disciplina de ferro", pelo que as novas regulações são necessárias para contrariar "novas formas de violar a disciplina".

O comunicado assinala que continuará a perseguir quem propague "rumores políticos" que ponham em perigo a "unidade e solidariedade do partido", e também castigará funcionários que não consigam implementar um "desenvolvimento inovador, coordenado, verde, aberto e inclusivo, causando perdas significativas, devido à sua negligência".

Outra das cláusulas dirige-se aos membros do partido que sejam religiosos, e que passam a estar proibidos de participar em atividades que utilizam a religião como "provocação".

Quem "distorcer" a história do país também está sujeito a castigo.

Nos casos mais graves, os membros do partido podem ser processados judicialmente, mas na maior parte dos casos de infração da disciplina interna o castigo maior é a expulsão do partido.

Após ascender ao poder, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma campanha anticorrupção, hoje considerada a mais persistente e ampla na história da China comunista, e que resultou já na punição de um milhão de membros do partido.

Os alvos incluíram oficiais menores, a que Xi se refere como "moscas", mas também mais de uma centena de "tigres" - altos quadros do partido, com a categoria de vice-ministro ou superior.

Os dois casos mais mediáticos envolveram a prisão do antigo chefe da Segurança Zhou Yongkang e do ex-diretor do Comité Central do PCC e adjunto do antigo presidente Hu Jintao, Ling Jihua.

As regulações foram objeto de revisão, nos últimos três anos, "o que manifesta a determinação do PCC em impor uma forte disciplina", assinala o comunicado, citado pela Xinhua.

A edição anterior, publicada em 2015, estabeleceu um guia de conduta para membros do Partido, com uma lista de ações disciplinares em caso de infração.

 

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