Estratégia de internacionalização de decoradores portugueses

Cinquenta e duas empresas portuguesas estão presentes na 2ª edição de 2013 da Maison & Objet, a principal feira internacional de decoração, numa estratégia de internacionalização que tem como objetivo fazer face à crise que o setor atravessa no mercado interno.

Recorde de empresas portuguesas em feira internacional é "luta pela sobrevivência"

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Lusa
06/09/2013 12:47 ‧ 06/09/2013 por Lusa

Mundo

Feira

Em relação à edição de janeiro deste ano, registam-se menos 23 empresas a participar na 'Maison& Objet', que é considerado o principal evento internacional na área da decoração de interiores.

Em declarações à Lusa, Hugo Vieira, presidente da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA), assegurou que esta diminuição "será um misto de duas componentes: uma opção estratégica e a indisponibilidade financeira para fazer face a um investimento destes".

Hugo Vieira acredita que "existe um grande número de empresas" que gostaria de estar presente na feira, mas "não tem capacidade para o fazer em termos financeiros".

O investimento por metro quadrado, por empresa, é superior a 500 euros. Um custo, segundo Hugo Vieira, "extremamente elevado" para a situação financeira de muitas empresas.

"Apesar da comparticipação vital do QREN é um montante que as empresas têm que adiantar à cabeça, têm que avançar com esse investimento".

Neste montante não estão contabilizadas despesas como "alimentação, deslocação interna, transportes públicos, táxi ou aluguer de viatura", enumera Hugo Vieira a título de exemplo.

A APIMA ocupa mais de 1.300 metros quadrados de área de exposição, com 23 empresas associadas nesta edição. "Estamos a falar de investimento avultado, superior a 700 mil euros", disse à Lusa o presidente da APIMA.

O dirigente associativo salienta o esforço das empresas presentes e a sua aposta na internacionalização como estratégia de sobrevivência. "Isto é uma luta pela sobrevivência".

"É mesmo fantástico e é de salientar a capacidade das empresas, que são PME, ou seja, não têm o estofo financeiro que tem uma grande empresa, e com todas as restrições que existem de acesso ao financiamento, não se resignam, não baixam os braços e todo o dinheiro que têm canalizam para os esforços de promoção de vendas e captação de vendas no exterior, nas exportações".

O dirigente da APIMA considera que as empresas estão a "lutar imenso para se reposicionarem" e "vão obtendo resultados positivos que lhes permitem manter as portas abertas e continuar a investir".

A APIMA atingiu o marco dos 3.000 metros quadrados em 2013 com as edições de janeiro e setembro.

"Numa feira tão exigente como a 'Maison & Objet' isso é significado de que existe qualidade. Nós temos uma indústria que tem mérito e que tem qualidade para ombrear com os melhores a nível mundial, só que é preciso dar a conhecer", concluiu Hugo Vieira.

Esta é a 2.ª edição de 2013 da 'Maison & Objet', que estará de portas abertas até à próxima terça-feira.

 

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