Ana Julia Quezada, a autora confessa da morte do pequeno Gabriel, revelou em tribunal o que se passou no dia em tirou a vida ao enteado de oito anos.
A mulher, que era namorada do pai da criança, alega que não tinha intenções de lhe fazer mal.
Ana Julia conta que tudo se passou num dia em que a criança saiu de casa da avó para ir brincar com um grupo de amigos. Quando se encaminhava para a casa da sogra, Ana Julia encontrou o menino na rua sozinho e obrigou-o a entrar na viatura, conta o La Vanguardia.
Quando chegaram a casa, este terá saído apressadamente de casa e Ana Julia voltou a chamá-lo a atenção, altura em que a criança lhe terá gritado para o deixar em paz e a chamou de "negra feia", dizendo-lhe que estava farto que estivesse sempre a dizer-lhe o que fazer.
Revoltada, Ana Julia tapou-lhe a boca para que se calasse e tapou-lhe o nariz. Quando a criança colapsou ficou sem saber o que fazer.
Depois disso, entrou em pânico e decidiu colocar o corpo da criança num buraco já cavado junto à piscina da casa. Tirou-lhe as roupas e colocou-as no lixo sob a desculpa de que ao encontrá-las, isso poderia deixar o pai da criança com esperanças de que ainda a poderiam encontrar.
Nada disso aconteceu. E a mulher acabou por ser detida quando foi apanhada a viajar de carro com o corpo de menina na bagageira da sua viatura.
Gabriel Cruz desapareceu a 27 de fevereiro em Las Hortichuelas de Níjar, uma localidade de Almería. A morte causou comoção em Espanha, em particular em Almería, que decretou três dias de luto, e foi condenada pelo rei Filipe VI.