Bandeiras norte-americanas, indumentária de cabedal e capacetes brilhantes marcaram a manifestação que foi recebida nas ruas com aplausos. A palavra de ordem é a mesma há 30 anos: "Nunca vos esqueceremos".
"É emocionante. Todos estão verdadeiramente satisfeitos nos ver", destacou Keith Gonzales no final do percurso, próximo do monumento em que se presta homenagem ao presidente Lincoln, no coração da capital norte-americana.
De capacete, 'jeans', t-shirt e fato em cabedal ornamentado por emblemas coloridos, a energia e o riso fácil deste veterano do Vietname, de 64 anos, não revela o impacto traumático que resultou daquela longa guerra que terminou em 1975.
"Quando regressámos do Vietname, não tivemos este tipo de reação, pelo que isto sabe muito bem hoje [domingo]", explicou à agência de notícias France Presse.
"Isto é muito intenso. Eu tinha um nó na garganta porque [as guerras do] Iraque e o Afeganistão também não tinham sido muito populares. Mas ver os cidadãos norte-americanos em pé, na rua (...), isso faz-nos realmente sentir bem", reforça Doug Torres, de 54 anos, que combateu naqueles dois países.
Honrar os desaparecidos, mas também todos os soldados que lutaram pelos Estados Unidos é o objetivo desta ação batizada de 'Rolling Thunder", que foi também o nome de uma operação de pesados bombardeamentos norte-americanos contra posições no norte do Vietname.
O desfile começou em 1998 com menos de três mil participantes, mas atualmente chega às dezenas de milhares de motoqueiros que homenageiam os cerca de 60 mil soldados que morreram na guerra do Vietname.
Depois de ter marcado presença no desfile em 2016, em plena campanha eleitoral, o Presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou o seu entusiasmo, com uma mensagem na rede Twitter.
"É fantástico ter 400 mil homens e mulheres fantásticos no 'Rolling Thunder' em Washington, mostrando o seu patriotismo. Eles amam o nosso país, eles amam a nossa bandeira, eles defendem o nosso Hino Nacional!".