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Ministro chinês reforça posição da China para a desnuclearização

O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros chegou hoje a Pyongyang e deverá reunir-se com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, visando garantir um papel mais importante para a China nos esforços para a desnuclearização do país.

Ministro chinês reforça posição da China para a desnuclearização
Notícias ao Minuto

11:02 - 02/05/18 por Lusa

Mundo Pyongyang

A visita de Wang Yi surge poucos dias após Kim e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, prometerem que vão trabalhar juntos para alcançar a "completa desnuclearização" da península coreana, apesar de não terem avançado com mais detalhes.

Ambos concordaram ainda trabalhar para terminarem formalmente a Guerra da Coreia (1950-53), que culminou com a assinatura de um armistício e não um tratado de paz, através do diálogo com os Estados Unidos e, possivelmente, a China.

Kim deve reunir com o Presidente norte-americano, Donald Trump, ainda este mês ou em junho.

Com esta visita, Wang Yi deverá tentar garantir que Pequim não é secundarizado, numa altura em que Pyongyang se aproxima de Seul e Washington.

Analistas sul-coreanos consideram que Wang vai procurar que Kim se comprometa a incluir a China no processo de terminar formalmente com a guerra na península coreana.

O encontro entre Kim e Moon, na aldeia de Panmunjom, na fronteira entre os dois países, ocorreu um mês depois de Kim se deslocar a Pequim e de se reunir com o Presidente chinês, Xi Jinping.

A visita de Kim foi vista como uma tentativa de assegurar o apoio chinês, visando ter maior margem de negociação com Trump.

Analistas consideram que Kim terá pedido à China, o maior aliado diplomático e parceiro comercial da Coreia do Norte, que relaxe a aplicação das sanções económicas contra o país, impostas pelas Nações Unidas.

O líder norte-coreano deverá também ter pedido à China que se oponha contra uma intervenção militar, caso o diálogo com Trump falhe e o país recomece com os seus testes nucleares e com mísseis balísticos.

Seul afirma que Kim expressou um interesse genuíno em abdicar do seu programa nuclear, mas durante décadas Pyongyang tem exigido que Washington retire as suas tropas da Coreia do Sul e Japão e remova as armas nucleares que protegem aqueles dois países.

A decisão de reinserir a China nas negociações é vista como um sinal de que a Coreia do Norte irá manter a sua postura original.

Pequim tem apelado a uma suspensão do programa nuclear norte-coreano, em troca do fim dos ensaios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

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