O Tinder está a acabar relações (e a mudar a forma como encaramos o amor)
Os vícios associados ao telemóvel estão a criar uma nova forma de solidão que cada vez mais desconecta os casais.
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O conceito de traição tem vindo a mudar, e as ‘responsáveis’ são as redes sociais que levam um indivíduo a isolar-se no pequeno ecrã, perdendo a ligação com o seu parceiro - embora estejam fisicamente juntos - de onde se perde a confiança e, posteriormente, o interesse.
Quanto às aplicações de encontro em específico, não só contribuem para o isolamento de que se fala, como mudam a forma como percecionamos as relações e o próprio amor.
Foi esta a perspetiva apresentada pela terapeuta Esther Perel no podcast Recode Decode, sob o tema ‘O Tinder e o Instagram estão a ‘incapacitar’ as relações’.
“Se tenho escolha entre duas pessoas, é limitador. Na minha aldeia, tinha a possibilidade de escolha entre duas pessoas, depois, passei a ter entre seis, dez ou 15 pessoas e tal era muito melhor. Mas quanto eu posso escolher entre mil pessoas, é quase impossível” refere a psicoterapeuta que vê esta realidade como uma porta aberta para incontáveis possibilidades, de acesso fácil, que cria nos seus utilizadores o sentimento de solidão e medo de perda.
Os solteiros procuram por diversos parceiros ao mesmo tempo, através do Tinder e apps do género, para mascarar o seu isolamento, contudo, não se comprometem com nenhum deles o que põe em causa a sua própria liberdade, segundo Perel.
Por outro lado, quem está numa relação vê o seu parceiro como “aquele que o vai completar” e salvar do tal medo de perder a sua cara metade. Todavia, o uso das referidas aplicações mantém-se constante, no caso dos mais inseguros, que “estão constantemente a checar que não há ninguém melhor que o seu parceiro”.
Nestes casos, para a convidada do Podcast, o ritual de compromisso passa por apagar todas as apps, o que prova que se encontrou o tal e pode-se parar de procurar.
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