Quando o objetivo é perder os quilos que estão a mais e as gorduras que continuam salientes, há quem opte pela lipoaspiração, uma técnica invasiva já há muito usada e que consiste em 'aspirar' a gordura subcutânea.
Trata-se de um procedimento cirúrgico seguro, mas não totalmente isento de riscos. Um artigo publicado recentemente na revista científica BMJ Case Reports trouxe para a ribalta uma complicação rara associada à lipoaspiração, mas que pode mesmo ser fatal para o paciente. Falamos da embolia.
A embolia, explica o site da revista Health, dá-se quando os glóbulos de gordura se soltam do tecido à volta e 'viajam' até aos vasos sanguíneos, no cérebro ou pulmões, onde se alojam e, por consequência, bloqueiam o fluxo de sangue ou oxigénio, podendo levar à morte.
Apesar de se tratar de uma consequência comum em fraturas ósseas ou traumatismos de maior grau, a lipoaspiração assume-se também como um potencial risco, embora raro.
Nora o estudo - que deu conta de um caso atual de embolia associada a este tipo de cirurgia plástica, tendo ocorrido numa mulher de 45 anos que removeu dez litros de gordura dos membros inferiores- nem sempre é fácil de diagnosticar esta patologia e os sintomas associados à embolia (como a sonolência e confusão mental) podem acontecer dias depois do procedimento cirúrgico, o que torna ainda mais complexa a tarefa de decifrar o que se passa com a pessoa.