Afinal, a água tem sabor. Palavra de cientista

Um recente estudo publicado na Nature Neuroscience revela que a língua é capaz de reconhecer o sabor da água.

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Daniela Costa Teixeira
06/06/2017 07:30 ‧ 06/06/2017 por Daniela Costa Teixeira

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Estudo

Água: Líquido natural (H2O), transparente, incolor, geralmente insípido e inodoro, indispensável para a sobrevivência da maior parte dos seres vivos. E se lhe dissermos que esta definição não está totalmente correta porque, afinal, a água tem sabor?

A ideia é defendida num recente estudo levado a cabo pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, que sugere que, tal como acontece com alguns insetos, também os mamíferos são capazes de detetar o sabor da água.

Publicado recentemente na Nature Neuroscience, o estudo liderado pelo investigador Yuki Oka garante que a língua é capaz de responder à água, mas que uma boa parte dessa capacidade de perceção vem do cérebro (tal como um outro estudo de 2015 já o tinha sugerido).

Para chegar a esta conclusão, o cientista recorreu a ratos de laboratório, tendo analisado as respostas elétricas a partir das células recetoras gustativas quando os animais saboreavam água e outros palatos comuns: doce, azedo, amargo, salgado e umami. E sem grandes surpresas para Oka, os animais foram capazes de apresentar sinais em resposta ao gosto da água, tal como acontece com qualquer outro sabor.

De forma a tirar todas as teimas sobre esta descoberta, diz o site Science Alert, os cientistas decidiram repetir novamente os testes de palato, mas, desta vez, bloqueando os recetores de sabor. Como seria de esperar, assim que o bloquearam o nervo recetor responsável pela apreciação do sabor salgado, a presença de sal não ativou qualquer onda cerebral. O bloqueio foi também eficaz no que diz respeito ao sabor da água.

E como 'não há duas sem três', a equipa de Oka foi ainda mais longe e fez um teste à base de estímulos de luz, algo que também não interferiu com a capacidade dos animais saborearem a água, o que leva a crer que, no caso da água, tanto o cérebro como a língua têm um papel determinante na perceção da bebida e do seu sabor.

Mesmo com conclusões interessantes e promissoras, Yuki Oka defende que é necessário simular os mesmos testes em humanos de forma a perceber se a resposta ao sabor é a mesma que se verificou em ratos.

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