O impacto negativo que o excesso de peso tem na saúde é um dos principais motivos de alarme a nível mundial. O crescente número de casos de obesidade continua a deixar alguns países e organizações em pânico e, por isso, multiplicam-se os alertas e os conselhos para evitar que esta tendência continue a crescer.
A cirurgia assume-se como uma das opções mais eficazes para os casos de obesidade mórbida, conhecido não só pelo excesso de peso, mas também pela dificuldade em conseguir emagrecer – uma constante entre as pessoas com peso a mais e que acontece mesmo quando fazem de tudo para ver cair alguns números na balança.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Cirurgia da Obesidade e Doenças Metabólicas (SPCO), existem oito tipo de cirurgias que podem ser usadas na luta contra o excesso de peso: balão gástrico, bandas gástricas, bypass gástrico, bypass intestinal, duodenal switch, gastroplastia vertical calibrada, pacing, scopinaro. Contudo, tão ou mais importante do que o tipo de cirurgia é a alimentação que se tem nos dias, semanas e meses seguintes ao procedimento cirúrgico.
Como revela a revista Prevention, existem alimentos que devem ser excluídos da dieta diária não só por aumentarem a probabilidade da pessoa voltar a engordar, mas também pelo facto de poderem vir a ser penosos para a saúde do estômago, que acaba por ficar mais sensível e vulnerável a irritações.
Nas duas primeiras semanas após a cirurgia, explica a médica Kyle Rose, é aconselhado evitar alimentos sólidos, uma vez que a sensibilidade do estômago é grande nesta fase. Os sumo, smoothies, batidos, queijos frescos esmagados, iogurtes, sopas e papas de fruta são os alimentos recomendados, mas a quantidade e a variedade depende, claro, da recomendação dada após a cirurgia e que varia de pessoa para pessoa.
Depois da ‘dieta líquida’, é importante continuar a zelar para saúde do estômago, rejeitando, por isso, alimentos fibrosos como o pão, os frutos secos e os vegetais. Nesta fase, deve-se começar a incluir o atum, os ovos, os peixes magros, o tofu e alguns vegetais cozinhados (mas apenas se não existir uma dificuldade a nível de digestão).
A longo prazo, continua a médica, é importante reduzir ou até mesmo excluir a ingestão de pipocas (porque podem expandir-se no estômago), água ou outros líquidos antes das refeições (pelos riscos de pressão estomacal que isso porta), vegetais crus, frutas com pele e carne vermelha. Os alimentos processados, repletos de açúcar, gordura e sal devem ser banidos, não apenas por impulsionarem o ganho de peso, mas também por serem prejudiciais para a saúde.