Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque, publicado esta semana, mostra que o uso de lentes de contacto altera a flora bacteriana dos olhos, aumentando ainda mais o risco de infeções oculares, sendo a conjuntivite papilar gigante e ceratite as condições mais recorrentes.
Publicada na revista da Sociedade Americana de Microbiologia (mBio), a investigação analisou 58 adultos e concluiu que as bactérias oculares das pessoas que usam frequentemente lentes de contacto tende a assemelhar-se às bactérias existentes na pele.
Além disso, os participantes que usaram lentes de contacto apresentaram altas concentrações de pseudomonas, acinetobacter, methylobacterium, e lactobacilos, bactérias que se encontram em quantidades menores entre as pessoas que não usam lentes de contacto.
Conduzido por Maria Dominguez-Bello, o estudo esclarece que não foi, ainda, possível entender como é que a mudança da flora bactéria dos olhos acontece, contudo, o resultado final vem reforçar a ideia de que as lentes de contacto deixam as pessoas à mercê de mais infeções, algo que não acontece com tanta frequência entre as que preferem continuar a usar óculos diariamente.